Após conquistar um precioso ponto no Estádio da Luz e retirar o Benfica da liderança do campeonato, o treinador Vasco Seabra, na sala de imprensa do Estádio da Luz, salientou a crença e o espírito da equipa, especialmente no segundo tempo, onde o treinador e a sua equipa técnica operaram alterações táticas que vieram a ser decisivas para o desfecho final.
O técnico dos Lobos de Arouca começou por analisar o jogo: “É uma equipa com carácter, com personalidade, luta sempre todos os dias. Somos honestos, frontais, uma equipa à imagem dos valores dos nossos jogadores, grupo, a nossa instituição, o nosso clube. Batalhamos sempre, damos muito ao cabedal e ao pedal todos os dias para podermos competir.
Hoje competimos muito, contra um excelente adversário, num campo muito difícil, 60 e tal mil pessoas a apoiarem, a levarem o jogo para a frente. Na primeira parte, tivemos de defender mais do que aquilo que queríamos, não estávamos a conseguir engatilhar a pressão na primeira linha, principalmente com o nosso 9 (ponta de lança, Yalçin) e 10 (médio ofensivo/segundo avançado, Trezza) e com os alas a conseguirem depois reforçar essa pressão, para impedirmos o jogo de corredores do Benfica, que é muito forte. Tivemos alguma felicidade na primeira parte, em duas ou três situações que o Benfica tem para fazer (golo) e acabou por não fazer.
Na segunda parte, aquilo que nós produzimos foi muito capaz para merecermos o empate que conquistamos, fruto de muito trabalho, dedicação. Orgulho muito grande nos nossos jogadores. Seguirmos o nosso caminho, mantermos esta postura, personalidade. Viemos ao Estádio da Luz termos esta qualidade na segunda parte principalmente. Na primeira, tivemos que nos refugiarmos mais e defendermos mais, na segunda acho que já foi um jogo muito disputado, onde tivemos muita capacidade para criarmos problemas ao Benfica”.
Tal como Vasco Seabra admitiu, a postura da equipa arouquense no segundo tempo foi diferente, conseguindo disputar ainda mais o resultado, tendo a capacidade de se apresentar na área adversária e criar chances para finalização. Questionado acerca disso, o técnico explicou quais foram as alterações táticas que efetuou no descanso: “Senti que as correções que fizemos ao intervalo foram de acordo com aquilo que estávamos a sentir na primeira parte e acho que os jogadores interpretaram na perfeição. Nós tínhamos necessidade de disparar-mos mais na pressão dos nossos dois homens da frente, no momento em que existia o passe de central para central, precisávamos de ser um bocadinho mais agressivos e encaminhar o jogo para o corredor, para sermos mais agressivos a pressionar. Depois sim, no corredor, tanto o Jason como o Sylla, ajudarem a fechar o corredor.
Em triângulos, dando o exemplo da esquerda, o Jason, o Fukui e o Danté a conseguirem fechar a pressão muito forte e do outro lado a mesma coisa. Penso que fomos mais agressivos a fechar corredor. O Benfica acaba por fazer um golo (primeiro) num pontapé incrível, mas a verdade é que nós estávamos a disputar o jogo e conseguimos ligar o jogo mais para a frente. Tivemos mais coragem, fomos mais audazes. A equipa normalmente produz este tipo de jogo. Na primeira parte, estava mais difícil, na segunda conseguiu fazê-lo, com os nossos médios a mostrarem-se mais e com o Jason, principalmente, mais por dentro, a criar uma estrutura quase de terceiro médio, em que nos permitiu criar mais superioridade à zona da bola e isso permitiu-se ter mais posse. Acho que acabamos por ter mais posse de bola na segunda parte do que o Benfica. Isso acabou por nos dimensionar mais para a frente.”
Com 30 pontos e no 13º posto, o FC Arouca prepara-se agora para defrontar o Estrela da Amadora. O encontro, a disputar-se no Estádio Municipal de Arouca, terá o seu apito inicial às 18h00 do próximo sábado, dia 19 de abril.
Texto: Simão Duarte
Foto: FCA
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