Após a vitória do Sporting ontem, o Benfica era obrigado a vencer em casa para regressar à liderança. Tal não se sucedeu, já que o FC Arouca foi à Luz resgatar um ponto. 2-2 foi o resultado final de um encontro muito bem disputado por ambas as equipas e em que os arouquenses não deixaram de acreditar até ao final.
Em relação ao último encontro para a Liga, Bruno Lage manteve o mesmo onze titular que venceu o Porto, ao passo que o FC Arouca apenas efetuou dupla alteração forçada: Popovic e Yalçin entraram para os lugares do castigado Chico Lamba e de Henrique Araújo, emprestado pelo Benfica. Nota ainda para a ausência de Vasco Seabra do banco, fruto da expulsão no jogo passado, pelo que Cláudio Botelho teve de assumir o posto de treinador principal.
O primeiro tempo, na sua globalidade, contou com um domínio encarnado e, apesar do nulo ao intervalo, o Benfica dispôs de chances suficientes (em qualidade e quantidade) para se colocar em vantagem. Em dois cantos, quase de seguida, Fontán e Alex Pinto intercetaram a bola já bem perto da linha, negando dois golos quase certos às águias. Tirando essas duas chances, todas as outras ou passavam muito perto da baliza ou então esbarravam na muralha defensiva arouquense, que se mostrou a bom nível (Popovic e Fontán foram tapando o caminho a Pavlidis e companhia). E por falar no avançado grego, foi ele quem dispôs da última chance de perigo do primeiro tempo, quando, ao minuto 38, só o poste esquerdo da baliza de Mantl lhe negou o golo.
Em 4x4x2 em momento defensivo (com Trezza e Sylla a alterarem entre si quem ficava junto de Yalçin e quem ficava na ala esquerda), o FCA procurou sempre conter o poderio do ataque adversário, tendo-o conseguido fazer durante todo o primeiro tempo. No ataque, apesar de algumas decisões mal efetuadas, os arouquenses ainda conseguiram causar um ou outro calafrio. O mais intenso pertenceu a Sylla, que, ao minuto 19, obrigou Trubin à defesa do jogo. O médio do FCA, pela zona interior esquerda, atirou ao ângulo superior esquerdo e Trubin voou para negar o golo.
No arranque do segundo tempo, os arouquenses apresentaram-se muito ousados, estando por cima do encontro nessa reta inicial. Sylla e Trezza tentaram o golo, com o último a registar maior perigo. O uruguaio, de longe, encheu o pé e Trubin voltou a apresentar-se em bom plano. Ao minuto 60, surgiu o primeiro golo do Benfica: Kokçu, à entrada da área, teve tempo e espaço para atirar em arco para o fundo das redes. A bola entrou no canto superior esquerdo, não dando qualquer hipótese de defesa a Nico Mantl.
12 minutos depois, Jason foi derrubado na área por Otamendi e António Nobre apontou para a marca da grande penalidade. Apesar do VAR ter chamado o árbitro, este manteve a decisão inicial. Na cobrança do castigo máximo, Yalçin não vacilou e fez balançar as redes, para enorme festa da equipa e dos adeptos arouquenses que marcaram presença no Estádio da Luz.
O encontro já estava mais partido, com os nervos a sobressaírem-se em ambas as equipas, especialmente na encarnada, que pretendia voltar a colocar-se em vantagem. Tal sucedeu-se à passagem do minuto 80, quando o Benfica, com uma rápida cobrança de um canto, colocou a bola no segundo poste, onde Pavlidis, solto de marcação, encostou de cabeça para o golo. Depois de um livre de Akturkoglu à malha lateral, o Benfica fez o 3-1 a cinco minutos do fim, por intermédio de Schjelderup, que apareceu nas costas da defensiva arouquense e, com destreza, bateu Mantl no um para um. O lance viria a ser anulado pelo VAR.
Na compensação, com várias carambolas de parte a parte, ambas as equipas não estavam a conseguir ligar setores e chegar ao ataque. Porém, o FC Arouca acabou por fazê-lo ao minuto 96, Nandín apareceu nas costas da defensiva encarnada e, do outro lado da área, encontrou Weverson, que fez o golo do empate. Com o pé direito, o lateral-esquerdo concluiu um contra-ataque letal. Existiu ainda uma queda de Schjelderup na área, mas António Nobre nada assinalou.
Com este resultado, o FC Arouca chegou aos 30 pontos e sobe provisoriamente ao 12º posto, ao passo que o Benfica mantém-se em segundo lugar, com os mesmos pontos do agora líder Sporting. Na próxima jornada, o FC Arouca tem novo duelo importantíssimo, na medida em que irá receber o Estrela da Amadora e, em caso da vitória, estará muito próximo de garantir a manutenção.
Tempo de compensação: 2 minutos na primeira parte, 7 na segunda.
Suplentes Benfica:
S.Soares (GR), Dahl (DF), Barreiro(MD), Amdouni, A.Cabral, Belotti, Bruma, Schjelderup, T.Gouveia (AT)
Suplentes Arouca:
Valido, Vinarcik (GR), Weverson(DF), Loum, P.Moreira, Pablo(MD) Nandín, Puche, Mansilla(AT)
Ficaram de fora Galovic, D.Simão, Esgaio, M.Rocha (lesão), H.Araújo (empréstimo Benfica), Lamba (5º amarelo)
Substituições Benfica:
76 – Saíram Florentino e Di María, entraram Schjelderup e Belotti
88 – Saíram Akturkoglu e Pavlidis, entraram Bruma e Barreiro
90+7 – Saiu Aursnes, entrou A.Cabral
Substituições Arouca:
82 – Saíram Danté, Trezza e Yalçin, entraram Weverson, Mansilla e Nandín
88 – Saíram Jason e Fukui, entraram Puche e Loum
Arbitragem:
António Nobre, P.Ribeiro, Nelson.P e Bruno.R. No VAR, Luís Godinho e Rui.T
Disciplina Benfica:
Cartão amarelo a Carreras (72’),
Disciplina Arouca:
Cartão amarelo a Pedro Santos (42’), Mantl (76’), Fontán (82’)
Os onzes titulares de SL Benfica e FC Arouca
Texto: Simão Duarte
Foto: Liga Portugal
O envio da nossa newsletter é semanal.
Garantimos que nunca enviaremos publicidade ou spam para o seu e-mail.
Pode desinscrever-se a qualquer momento através do link de desinscrição na parte inferior de cada e-mail.