No passado dia 6 de março, o SC Paivense transmitiu publicamente uma nota de pesar para com Fadário, que faleceu nesse dia. Em nota, o Paivense começou por classificá-lo como “um Homem de Corpo e Alma ao Sporting Clube Paivense (…) que viveu o clube da sua terra com corpo e alma. Quem teve o privilégio de o conhecer sabe bem que não era apenas um jogador, mas um exemplo de compromisso e devoção ao emblema que tanto amava”.
O Discurso Direto falou ainda com João Vieira, que amavelmente nos enviou um texto deste ícone da história do SC Paivense, para dá-lo a conhecer a quem não o tenha conhecido.
“Francisco Joaquina Teixeira, mais conhecido como Fadário, nasceu a 16 de março de 1943 e faleceu a 5 de maio de 2025, na freguesia de Fornos, no lugar do Castelo, concelho de Castelo de Paiva.
Proveniente de uma família humilde e numerosa, sendo um dos nove irmãos, destacou-se desde cedo pela sua coragem e determinação, ganhando a estima dos seus colegas, que o viam como um verdadeiro protetor. O seu talento como futebolista fazia-se notar nos aguerridos jogos disputados nos areais dos rios Paiva e Douro.
Assim, começou a despontar um jovem jogador que, mais tarde, se tornaria o “terror dos guarda-redes”, tal era a potência do seu remate.
Ao longo da sua longa carreira como futebolista, iniciou-se oficialmente no S. C. Paivense e, a partir daí, passou por vários clubes, incluindo a Ovarense, o S. Pedro da Cova, o Rio de Moinhos, o Vila Viçosa, entre outros”.
Também na sua conta de Facebook, o sr. João presou-lhe a devida homenagem, relembrando algumas histórias do seu percurso. Deixamos aqui também uma delas:
“Chegou ao S.C. Paivense através da enigmática figura do padre António e, desde muito jovem, passeou a sua classe como um ponta de lança de excelência. Jogador possante e dono de um remate poderoso, fazia tremer os guarda-redes adversários. O seu talento rapidamente despertou o interesse de grandes equipas da região de Aveiro, acabando por assinar contrato com a Ovarense.
Rumou então à cidade vareira, onde teve a oportunidade de demonstrar toda a sua qualidade. Ficou hospedado numa pensão, mas o forte apego às suas origens falou mais alto e, de forma discreta, decidiu abandonar o clube. Diz-se que, na pressa de regressar, deixou para trás a mala com os seus pertences na pensão. A história tornou-se lendária, e sempre que o Paivense jogava em Ovar, era comum ouvir-se: “Olha a mala!”
Texto: Simão Duarte
Fotos: João Vieira
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