Regresso molhado é regresso abençoado: Esgaio marcou o golo da vitória arouquense (0-1)

Os arouquenses não desistiram e foram recompensados no final

O mau tempo foi constante no AFS x FC Arouca, mas a viagem dos corajosos adeptos arouquenses, que tiveram de enfrentar chuva e vento, não foi em vão. Apesar da partida ter ficado marcada pela falta de finalização, Tiago Esgaio, de regresso à equipa, marcou o único golo da vitória arouquense (0-1).

No que toca às escolhas iniciais das duas equipas, Rui Ferreira procedeu a tripla alteração no AFS: Tomás Tavares, Aderllan Santos e Jaume Grau ficaram de fora e, para os seus lugares, entraram Fernando Fonseca, Nacho e Gustavo Mendonça. Já no FC Arouca, Vasco Seabra promoveu os regressos, após lesão, de Nico Mantl e Esgaio para os postos de Valido e Alex Pinto.

Assim como o tempo, o jogo arrancou de forma murchinha, onde ambas as equipas registaram pouca chegada à área adversária e poder de fogo ainda menor. Mérito das defensivas de ambas as equipas, demérito para os atacantes. A primeira chance de perigo concreto surgiu ao minuto 13, onde Jason apresentou-se à vontade no interior da área adversária e atirou à queima-roupa. O experiente Ochoa defendeu, mas o lance foi invalidado por fora de jogo.

Após algumas chances para o AFS, sem grande perigo, o FCA esteve pertíssimo do golo aos 35 minutos. David Simão, num canto, meteu a bola na zona do guarda-redes com a ajuda do vento e daí surgiu uma confusão enorme, que terminou com um corte dum defensor do AVS em cima da linha de golo. Os homens de terras de Santa Mafalda pediam golo mas, após análise do VAR, nada foi assinalado.

A reta final do 1º tempo ficou marcada pela lesão de David Simão, que foi atingido na cabeça e causou enorme preocupação. No intervalo, necessitou de ser saturado, mas conseguiu continuar dentro das quatro linhas. Em suma, no primeiro tempo, houve mais FC Arouca em campo, mas ainda assim, ambas as equipas (especialmente o AFS) não foram capazes de capitalizar o perigo que criaram.

No arranque do segundo tempo, o FCA voltou a assumir as rédeas do encontro, desta vez de forma mais confortável que no primeiro tempo, ainda que o perigo tardasse em surgir. Aos 54, Jason recebeu um cruzamento vindo da direita e atirou para bela intervenção de Ochoa que, na recarga, voltou a levar a melhor ao extremo espanhol. Quatro minutos depois, Sylla tentou o golo com um remate à entrada da área, mas sem sucesso. As duas chances foram a exceção à regra num início de segunda parte consideravelmente apático, onde ambas as equipas foram pecando pela falta de criatividade e poder de fogo ofensivo.

Ambos os técnicos, cientes dessa questão, começaram a promover substituições, colocando outros homens de ataque dentro de campo, na busca de outros argumentos, já que aqueles que vinham sendo aplicados não estavam a resultar. No mesmo período da dupla alteração no FCA, David Simão voltou a sangrar, mas continuou em campo. Contudo, não tendo mais nenhuma das suas camisolas limpa, o capitão terminou o encontro com a camisola de Pedro Moreira, que esteve fora da ficha de jogo.

À entrada para a reta final do encontro, em que o FC Arouca manteve-se dominante e o AFS em extremas dificuldades em passar do meio campo, Sylla (74’) dispôs de um penálti em andamento, mas a bola chegou-lhe aos pinchos, o que não ajudou à eficácia do remate, que passou por cima da baliza.

No último quarto de hora, Akinsola (79’) teve a melhor chance do AFS em toda a segunda parte, apresentando-se solto de marcação no interior da área, mas ao rematar, fez o mais difícil: falhar a baliza. A esta chance, o FCA respondeu com um tiro de Esgaio (81’), onde a bola passou a rasar o poste direito.

Os Lobos de Arouca não pararam de carregar e foram a única equipa a realmente procurar e merecer o golo, que apareceu em cima a um minuto do fim. Jason bailou pela esquerda, abriu em Weverson e lateral colocou a bola na área. Esta passou por toda a gente e acabou nos pés de Esgaio, ao segundo poste, que atirou para o fundo das redes!

Com este triunfo pela margem mínima, o FCA subiu à condição para o 11º lugar, somando agora 28 pontos. Na próxima jornada, pelas 15h30 de domingo (16 de março), o FCA vai receber o Estoril Praia, a antiga equipa de Vasco Seabra.

Tempo de compensação: 5 minutos na 1ª parte, 4 na 2ª.

Suplentes AFS:

Bertelli(GR), J.Teixeira, T.Tavares, E.Veiga(DF), Aburjania, T.Galleto(MD), Akinsola, Nenê, Y.Mena(AT)

Suplentes Arouca:

Valido(GR), A.Pinto, Popovic(DF), Loum, P.Santos,(MD), Puche, H.Araújo, Yalçin, Mansilla(AT)

Ficaram de fora Galovic, Pablo(lesão), Danté, M.Rocha, Vinarcik, P.Moreira (opção)

Substituições AFS:

Intervalo – Saíram R.Rodrigues e G.Mendonça, entraram E.Veiga e T.Galleto

57 – Saiu R.Ribeiro, entrou Akinsola

63 – Saiu Nenê, entrou L.Fernandes

85 – Saiu Mercado, entrou Y.Mena

Substituições Arouca:

67 – Saíram Nandín e Trezza, entraram Yalçin e Puche

73 – Saiu D.Simão, entrou P.Santos

84 – Saiu Sylla, entrou Mansilla

Arbitragem:

Miguel Nogueira, Paulo.B, Nuno.P e José.R. No VAR, Rui Costa e Inácio.P

Disciplina AVS:

Cartão amarelo a L.Fernandes(42)

Disciplina Arouca:

Cartão amarelo a Nandín(45+4)

Os onzes titulares de AFS e FC Arouca

Texto: Simão Duarte

Foto: FCA

sobre o autor
Simão Duarte
Discurso Direto
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