Os bons ventos de mudança

Nos tempos que correm, as redes sociais estão inundadas de mantras/chavões de autoajuda, que a probabilidade destes não se aplicarem corretamente a cada pessoa é muito pouca, tamanha a quantidade e variedade destes. Coincidentemente, podemos aplicar o seguinte ao FC Arouca: “A união faz a força”.

Isto porque, desde a última vez que vos escrevi, obtivemos três resultados muitíssimos bons e a praticar um futebol que me enche as medidas. Em Guimarães, perante um Vitória com Luís Freire a estudar a nova equipa, os da casa entraram bem no primeiro tempo e colocaram-se em vantagem, fruto de falhas nossas na recuperação defensiva. E foi a partir do intervalo que o mantra “A união faz a força” começou a prevalecer. O espírito da equipa, aliado às entradas fulgurosas de Sylla, Fukui e até de Dylan Nandín, transformou o 2-0 no 2-2 e que poderia até ter ido mais longe.

Corrigindo esses pormenores menos bons, o Arouca regressou a casa para receber e vencer o Moreirense. Mais do que a vitória, que acabou por ser curta no marcador (1-0), o mais importante foi o jogar arouquense, esse sim gigante. Apesar do controlo, faltou apenas uma melhor tomada de decisão na frente de ataque, algo que poderia ter trazido uma maior vantagem no resultado e maior justiça ao mesmo.

Por fim, na ida à Madeira, o FC Arouca foi posto à prova em ambas as partes: na primeira, foi testado o poder de fogo do ataque, onde um Henrique Araújo faminto por golos (e espera-se que assim continue) de tudo fez para marcar e conseguiu-o. Nota também para o golo do Pablo onde, mais do que a qualidade individual deste (que não é pouca), prevaleceu mais uma vez a força do estado de espírito coletivo, que reagiu de imediato ao golo sofrido e anulado. E se não fosse o Lucas França e o cansaço e as condições com que se desenrolou o 2º tempo (onde foi preciso defender aguerridamente), poderíamos ter marcado ainda mais.

Em suma, tem dado um enorme gosto voltar a ver uma equipa que consegue, defensivamente, estar bem segura, muito solidária e bem capaz de acertar os tempos de avançar e recuar (nota para os crescimentos de Lamba, Fontán e Weverson). O meio campo, onde David Simão é o cérebro e Fukui o músculo, tem tido a capacidade de, com muita qualidade, ajudar a defesa e de servir e ser servido no ataque. Na frente, Pablo tem sido uma boa surpresa, Trezza está sempre ligado à corrente, Sylla está de regresso à sua grande forma, Jason voltou a ser decisivo e o Henrique está com sede constante de golo. Que a união continue a prevalecer!

Crónica de opinião publicada a 7 de fevereiro

sobre o autor
Simão Duarte
Discurso Direto
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