FC Arouca e Moreirense iniciam hoje à noite a jornada 19

A mais recente jornada da Liga Portugal arranca hoje, pelas 20h15, em terras de Santa Mafalda, com a receção da equipa arouquense ao Moreirense. Estando novamente fora dos lugares de descida, o FC Arouca procurará dar sequência ao bom momento de forma recente (8 pontos nos últimos 5 jogos), ao passo que os cónegos certamente desejarão reverter o momento menos bom que enfrentam (3 pontos nos últimos cinco jogos, fruto de três empates).

O histórico de confrontos mostra-nos que, nos 19 encontros entre as duas equipas, há uma clara tendência para a vitória, na medida em que os duelos entre o FCA e o Moreirense terminaram empatados por apenas duas vezes. Nas restantes 17 ocasiões, há uma ligeira vantagem do Moreira: 10 vitórias, ao passo que os Lobos de Arouca possuem 7.

Se olharmos apenas para os jogos em casa (8), apesar do FC Arouca ter vencido três deles, nunca o conseguiu fazer para a Primeira Liga. Ainda assim, note-se que o Moreirense não vence fora de portas nesta edição da Liga desde outubro.

Na conferência de imprensa de antevisão à partida, o técnico Vasco Seabra analisou o adversário, abordou o crescimento da equipa arouquense e a postura da equipa durante os jogos. Estas foram algumas das palavras do técnico:

  • O que espera do encontro e se espera que o momento recente de forma venha a prevalecer e a ditar o desfecho do encontro?

“Sim, esperamos isso e vamos à procura disso. De qualquer das formas, sabemos que o Moreirense é uma equipa difícil, muito difícil de bater. O momento, em termos de últimos resultados, não ditou também aquilo que foi o que o jogo apresentou, daquilo que eles fizeram. Por isso sabemos que é uma equipa muito compacta, muito rotinada já, que tem uma grande base também já trazida da época anterior. Portanto, nós sentimos que vai ser um adversário que vem à procura de inverter esse ciclo e nós, pelo sentido inverso, com a vontade de dar continuidade e de voltarmos novamente às vitórias, sabendo que estes últimos cinco jogos foram importantes para nós fazermos 8 pontos.

Também, em termos exibicionais, a nossa equipa tem crescido naquilo que é confiança e naquilo que é qualidade no jogo, tanto no processo defensivo como ofensivo. Portanto, sabemos que vai ser um jogo difícil, acredito que vai ser um jogo bom de acompanhar, com duas boas equipas e onde nós sentimos que temos que estar realmente na nossa melhor versão, dando continuidade àquilo que têm sido também as nossas exibições, olhando para todo o jogo que foi do último contra a Vitória e vincando ainda mais aquilo que foi a segunda parte, onde foi ainda mais visível aquilo que nós pretendemos fazer.”

  • Busca pela consistência, em que as respostas que a equipa tem dado nas segundas partes, consiga também fazê-lo num jogo como um todo

“Sim, essa consolidação, essa consistência é aquilo que andamos realmente à procura. Nos jogos para trás tínhamos vindo a ser mais a espaços. Contrariamente àquilo que foi a opinião global, eu achei que nós fizemos um jogo bastante competente durante todos os 90 minutos, ou os 98 minutos. Tivemos foi períodos dentro do jogo em que não fomos tão consistentes, principalmente na primeira parte, em alguns momentos de transição defensiva, e isso depois deu uma sensação de que nós estivemos com o jogo descontrolado na primeira parte, mas nós na primeira parte tivemos várias oportunidades muito claras para conseguirmos finalizar e tivemos grande parte do domínio do jogo também com bola e com capacidade para desconstruir o adversário. Por isso, eu penso que já foi um jogo bastante mais completo.

De qualquer das formas, concordo que nós queremos dar essa sequência de continuidade e consistência no jogo. E essencialmente demonstrarmos, além da qualidade que temos vindo a apresentar e que neste jogo já apresentamos com mais evidência, mas aumentarmos aquilo que tem vindo a ser também um crescendo que é do ponto de vista físico, do contacto, do duelo, do domínio, do garantir poder pressionar durante mais tempo em mais zonas do campo, seja mais alto, mais baixo ou intermédio. E, portanto, a equipa neste momento saber-se adaptar aos diferentes momentos do jogo, às diferentes fases, mas saber-se estar em todas elas. E esse é um momento de consistência que nós queremos, porque sentimos que também isso é que nos vai poder fazer conquistar mais pontos, porque a equipa que está mais preparada para poder jogar nos diferentes momentos e fases, naturalmente estará mais propícia para poder vencer. Por isso é por aí que queremos ir, sim.”

  • Sylla, em final de contrato, era titular absoluto e tem sido suplente

“É competir. O Sylla não jogou os outros dois jogos porque, na minha ótica, os outros estavam melhores e estavam a provocar-me um desejo mais de conforto e de confiança para aquilo que eram as ações deles em jogo. E o Sylla continua a trabalhar e tem sido um elemento preponderante na forma como trabalha porque, felizmente, o grupo está cada vez mais pequeno, está cada vez mais competitivo. Nem sequer falamos sobre isso (final do contrato), é uma decisão que é dele, do clube. É uma coisa que é normal e natural, por isso eles também já estão preparados e habituados a este tipo de coisas.

Aquilo que eu sinto é que o Sylla está focado, com uma vontade muito grande de ajudar a equipa e a verdade é que entrou muito bem no jogo, esse é um facto. Entrou muito bem no jogo, ajudou muito a equipa, o Jason também tinha feito um esforço muito grande na primeira parte para poder tentar ajudar a equipa porque tinha passado mal a noite. Por isso, importante é nós sentirmos o crescimento do Sylla, que já tinha dado também bons sinais no jogo de treino que tínhamos feito na paragem também de crescimento e de querer aproximar-se daquilo que são os índices normais que todos nós conhecemos do Sylla.”

  • Aumento da competição no plantel, fruto das boas exibições dos jogadores que têm saltado do banco

“Falei há pouco do Pablo, e eu nem gosto muito de individualizar, mas o Pablo, por exemplo, fez o segundo jogo a titular. Era um jogador que foi entrando aos bocadinhos, foi conquistando espaço e agora tem que mostrar que tem capacidade para aguentar o barco. E isso refletiu agora a entrada do Sylla, do Fukui, do Dylan, mesmo do Puche e do Henrique, que entraram um pouco mais tarde. O Puche ainda com bastante tempo, mas o Henrique até só mesmo os 8, 10 minutos finais, mas o Puche já com quase 20 minutos.

Têm vindo a ganhar também o seu espaço, e isso é o sinal que me vão batendo à porta, que me vão dizendo que estou aqui. Por isso, se o outro der o pisca da direita, eu já estou aqui prontinho para me ter no lugar de estacionamento. Por isso é um facto que essa é a competição que a gente procura, que a gente anda atrás, é essa competição interna, porque eles têm qualidade, e portanto como eles têm qualidade, eles têm que sentir que não há margem para facilitar. Se eu facilito uma nesga, o outro já está ali prontinho para me poder sacar o lugar, entre aspas, porque essa é a competição que nós queremos internamente.

E concordo que as cinco entradas que tivemos (no jogo com o Vitória), foram cinco entradas no jogo que trouxeram sempre acrescento àquilo que nós estávamos a fazer. Isso primeiro é sinal de espírito de equipa, porque é sinal que eles respeitam aquilo que foram as decisões do treinador e respeitam o colega que estava a jogar, mas ao mesmo tempo é o respeito próprio de quererem mostrar que também estão preparado para poder ser opção. Por isso, vamos nessa confiança, nessa convicção também, e acreditando que eles nos conseguem ajudar.”

  • Brian Mansilla, já inscrito, será já uma opção viável para ir a jogo?

“Sim, é uma opção que está em crescendo. Esteve mais tempo parado do que, por exemplo, o Dylan, porque teve mais quase 10 dias de férias, mas é um jogador inteligente e que consegue perceber aquilo que procuramos. É mais uma opção para o jogo, mais uma opção válida também, e felizmente já me começa aqui a fazer cócegas no momento de escrever a convocatória. Por isso, bom sinal também, vamos com essa expectativa do crescimento dele e de poderem-se desafiar uns aos outros.”

Pedro Moreira e Nino Galovic mantém-se como as únicas ausências por lesão do FC Arouca para este encontro que contará com arbitragem de Carlos Macedo.

Onzes prováveis de FC Arouca e Moreirense FC

Texto e Foto: Simão Duarte

sobre o autor
Simão Duarte
Discurso Direto
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