Presidente da Junta de Várzea acusa Município de não ter terminado uma obra de requalificação da maneira que tinha sido acordada
A Rua da Vinha Souto, em Várzea, foi recentemente requalificada pelo Município de Arouca através da colocação de asfalto. Humberto Mota, Presidente da Junta, contactou o DD dando nota que a obra contemplava a elevação do piso dos passeios, com a devida colocação “de cubos”, mas que essa parte da empreitada acabou por não ser concretizada pela autarquia.
O DD esteve in loco, na Rua da Vinha do Souto, onde Humberto Mota salientou que já tinha enviado, no dia 8 de janeiro, um email à Presidente da Câmara dando nota da situação. No fundo, que com a colocação de tapete o passeio ficou num “nível inferior”, o que provocou “um desnível acentuado”, o que iria criar “dificuldades para o estacionamento de viaturas”, “infiltração de água na casa adjacente”, e parco “escoamento de águas”, quando chovesse. No entanto, e tal como já foi referido, esse não tinha sido o combinado inicialmente para a empreitada, uma vez que o autarca referiu que a técnica responsável pela obra lhe garantiu que, na impossibilidade de colocar “asfalto”, pois têm “verbas programadas”, iriam subir o passeio com terra e depois colocariam os cubos ao nível da estrada requalificada.
No entanto, após a “colocação do tapete”, a técnica da CMA veio informar o Presidente da Junta que “iriam dar a obra por terminada” e “concluída”, e que a Câmara “já não iria alterar o passeio”, porque a “verba para aquela obra estaria ultrapassada”.
“Teve de ser a junta de freguesia a suportar o custo da construção dos passeios”
Devido ao desnível entre o piso asfaltado e o passeio, e com a passagem dos automóveis e camiões, Humberto Mota afirmou que dentro de pouco tempo “as beiras do alcatrão” ficariam esfareladas, e que ficaria um trabalho “mal acabado”. Deste modo a Junta de Várzea terminou a obra com a elevação do passeio, e a respetiva colocação de cubos no passeio, na extensão de “aproximadamente 60 metros”.
Segundo o Presidente, a “Câmara Municipal de Arouca prometeu, mas não cumpriu”, e Margarida Belém, Presidente da edilidade, “conseguiu dividir o concelho em freguesias onde gasta milhões, e outras em que gasta tostões”, pois “teve de ser a junta de freguesia de várzea a suportar o custo da construção dos passeios, que tinham sido prometidos”, e que não foram executados “por falta de verba”.
De recordar que já em junho de 2024, a Rua da Vinha do Souto foi motivo de notícia por se encontrar com buracos e sem estar alcatroada na totalidade, situação que permanecia, alegadamente, desde as obras de melhoramento realizadas, em 2017, pelo Município, e que foi alvo de reparo pelos fregueses e autarca local.
“A empreitada só previa a pavimentação em tapete na zona da faixa de rodagem”
Contactado pelo DD, o Município referiu que a obra “ainda não se encontra concluída”, e quando assim for “disporá de garantia que poderá ser acionada em caso de não conformidades”.
No que concerne à “readaptação da zona de cubos, que já existia no local, a empreitada só previa a pavimentação em tapete na zona da faixa de rodagem”. Desse modo, Humberto Mota foi informado pela autarquia “que tais acabamentos, da faixa de rodagem até ao limite da construção em causa, poderiam ser realizados posteriormente por administração direta”. “Entretanto, este resolveu efetuar aquela pequena intervenção de recolocação de cubos numa pequena extensão, numa sã colaboração entre a Junta de Freguesia e a Câmara”, concluíram.
Texto: Ana Isabel Castro
Fotos: Ana Margarida Alves
Passeio concretizado pela Junta
Via em asfalto concretizada pelo Município
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