É costume dizer-se, aquando de um novo ano civil, a expressão “ano novo, vida nova”. Entramos agora em 2025 e, para trás, ficou 2024, ano marcado por inúmeros acontecimentos, como, por exemplo, as eleições no país que elegeram o atual Governo, ou os incêndios que voltaram a devastar o território arouquense. O Discurso Directo traz-lhe assim uma sucinta retrospetiva do ano transato.
Após a aprovação do Orçamento municipal para 2024, o ano arrancou com a confirmação de que Artur Neves foi mesmo chamado a julgamento, a propósito do caso das golas antifumo. E por falar no antigo presidente da Câmara, dar nota de que também no arranque do ano foi lançado o concurso público de ampliação do edifício dos Paços do Concelho, empreitada que ainda não se iniciou. 2024 foi também um ano de várias efemérides e uma das primeiras foi o 80º aniversário da Cooperativa Agrícola de Arouca, a 31 de março. Nesse mesmo mês, os Bombeiros Voluntários de Arouca comemoraram o 47º aniversário, Amélia Rodrigues foi reconduzida como diretora da AEA (Agrupamento de Escolas de Arouca), e Rui Vilar regressou à liderança do PSD Arouca.
Em abril, o país foi a votos e também em Arouca venceu a AD, num mês marcado pela celebração dos 50 anos do 25 de abril, efeméride celebrada dignamente a nível nacional e local. Ainda assim, o mês (e de certa forma o ano) ficou marcado pela confirmação da pena de prisão suspensa a Margarida Belém, a propósito de um arranjo do troço de estrada municipal entre Quintela (Chave) e Provisense (Rossas) em 2017. No mês seguinte, ficou-se a saber que também Artur Neves e Carlos Pinho teriam de voltar a tribunal, devido às obras de pavimentação da pista de acessos, em 2013, do Estádio Municipal de Arouca. Aquando da sessão em setembro, esta foi forçosamente adiada porque um dos juízes adjuntos identificou um dos arguidos como alguém que é “desde há longa data seu amigo”.
Ainda em maio, o “Quintãs Equestrian Center” hospedou a Portugal Horse Tour, uma das primeiras provas equestres a realizar-se em Arouca, e celebrou-se o 10º ano do evento “Arouca a Dançar”.
A 9 de junho, ocorreram as eleições europeias onde, ao contrário do que se sucedeu no país (onde foi o PS quem venceu), em Arouca voltou a vencer a AD. No final do mês, o Lions Club de Arouca comemorou o seu 30º aniversário. Ainda assim, o grande acontecimento de junho foi o regresso a Arouca do Testamento da Rainha Santa Mafalda, 170 após Alexandre Herculano tê-lo levado para a Torre do Tombo. Em julho, mês de Recriação Histórica, Sérgio Azevedo foi eleito o novo líder do PS Arouca e Luísa Soares regressou à presidência do Rotary Club de Arouca. Em agosto, o Centro de Saúde de Arouca comemorou o seu 25º aniversário e a Biblioteca Municipal preparou-se para encerrar, fruto das obras de requalificação do edifício.
Setembro foi um mês repleto de efemérides: a Feira das Colheitas celebrou o seu 80º aniversário, o Patronato comemorou os 75 anos de existência e o Grande Prémio de Atletismo de Rossas fez 45 anos. Ainda assim, infelizmente, o principal acontecimento do mês foram os incêndios no território arouquense, os quais, de acordo com a projeção à data do Município, queimaram 5200 hectares e provocaram prejuízos na casa dos 5 milhões e 300 mil euros.
Em outubro, o “Furacão Kirk” passou por Arouca, provocando alguns danos, especialmente no campo do Parque Milénio e no Parque de Campismo do Merujal. Neste mesmo mês, gerou-se ainda um “furacão” de críticas entre várias entidades (jornal Roda Viva e várias figuras do PS Arouca e do PSD Arouca foram alguns dos intervenientes) a propósito de uma entrevista de Margarida Belém ao Jornal de Notícias, onde esta garantiu que vai “fazer de tudo para que aconteça” a conclusão do último troço da Variante, dias depois desta constar do Orçamento de Estado do Governo (ainda que tenha apenas um valor global estimado e não um valor efetivo para cada ano). No último mês do ano, dar nota da aprovação do Orçamento Municipal para 2025, bem como do Plano Diretor Municipal. Nota ainda para a eleição dos órgãos sociais da AECA para o quadriénio 25/28 e do início das obras da nova ERPI do Patronato. O ano ficou igualmente marcado por inúmeras reivindicações da população de Tropeço, especialmente nas Assembleias Municipais, alegando que a sua freguesia se encontra “abandonada”.
Arouca despediu-se de figuras de renome
Não esquecendo também os que partiram, 2024 foi um ano em que os arouquenses se despediram de figuras de renome da vida arouquense. Manuel Bastos, mestre da doçaria conventual, Joaquim Brandão de Almeida, antigo Presidente da Câmara e da Assembleia Municipal (foi também professor e esteve ligado ainda à Banda Musical de Arouca, ao FC Arouca, à Caixa Central de Crédito Agrícola, à AICIA, entre outros) e José Luís Teixeira, conhecido como “Zé Luís do Parlamento”, foram algumas das pessoas que partiram, deixando a sua marca em Arouca e nos arouquenses.
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