Ao final de três jogos, o FC Arouca tem motivos para sorrir e manter-se alegre, já que conquistou os seus primeiros pontos frente ao Nacional (1-0). Assim se apresentou Gonzalo García na sala de imprensa para a conferência de imprensa pós-jogo, onde o técnico uruguaio analisou o jogo, abordou o golo de Henrique Araújo e referiu ao de leve o mercado de transferências, que fecha à meia noite de 1 de Setembro.
– Análise ao jogo
“Começamos a tentar fazer o que queríamos fazer, fomos imprecisos em algumas situações, alguns passes, umas vezes por nós, noutras o campo não ajuda àquilo que queremos fazer. Isso, às vezes, baixa um pouco a confiança ou dá um pouco de medo aos jogadores. Sinto que na primeira parte, em geral, estivemos bem. Conseguíamos chegar bem ao ataque, quiçá se tivéssemos decidido melhor no último terço poderíamos ter mais ocasiões, mas sinto fizemos o suficiente para meter um ou mais golos. Na segunda parte, eles começaram mais agressivos e começamos a ter problemas de todo o tipo. Foi um jogo de acidentes em que o físico matou-nos, mas a cabeça manteve-nos em jogo. Penso que não foi um jogo em que eles tiveram muitas oportunidades. Ao final, sofremos muito. Todos tiveram que ajudar: o Trezza jogou como defesa direito, porque o Esgaio estava esgotado, o Pedro Santos, sem treinar com a equipa, teve de entrar, o Cristo, depois de três semanas, jogou 90 minutos.”
– O resultado ajusta-se ao que aconteceu em campo?
“Ganhámos como equipa e merecemos, pelo trabalho.”
– Quão importante foi para o Henrique marcar este golo, ele que não marcava desde Janeiro de 2023?
“O que eu digo ao Henrique é que ele tem de estar alegre, ter energia e disfrutar do futebol. Tem de trabalhar, e penso que ele está a trabalhar mais e mais, na pressão, em trabalhar com a equipa. Hoje, numa pressão agressiva da equipa, conseguiu jogar e fez um golaço. Penso que ele definiu muito bem e é a base. Os golos vão aparecer.”
– Chegada de Amadou Danté quer dizer que Weverson ou Quaresma vão sair?
“Isso tem de perguntar ao Joel Pinho. Todavia, têm que haver saídas e entradas. Isso está claro. Não sei, e tampouco quero falar em nomes concretos, mas têm que sair jogadores. Necessitamos de jogadores em posições que estão claras.”
– Ganhar dá maior tranquilidade à equipa?
“Ganhar dá sempre um pouco de tranquilidade, porque isto depende de ganhar. Sinto que o nosso melhor jogo foi o primeiro (Vitória de Guimarães), em várias coisas, mas também faltaram coisas que hoje tivemos. Ganhar dá tranquilidade às pessoas, mas a mim não. Eu necessito de ver a equipa, e hoje vi uma equipa com vontade, com personalidade, que soube sofrer e esteve junta. É a base e isso é o mais importante.”
– Ausência do Galovic
“Está lesionado, assim como o Quaresma, Fontán, Kouassi, Lawal. Hoje estavam (na ficha de jogo) todos os que podiam participar, incluindo o Pedro Santos mesmo sem treinar nenhum dia. Não está a 100%, mas teve de entrar. A sofrer, com dores, mas aguentou.”
Foto: Sofia Brandão
Texto: Simão Duarte
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