Análise individual ao primeiro jogo do FC Arouca

O FC Arouca estreou-se ontem, segunda, dia 12 de agosto, na Liga Portugal, mostrando ideias e um onze diferentes das da época passada. Com treinador e alguns elementos da equipa técnica a estrearem-se em Portugal e jogadores novos a mostrarem serviço, o Discurso Direto traz-lhe uma análise mais detalhada da performance de cada atleta arouquense que esteve dentro de campo.

Nico Mantl: Isento de culpas no primeiro golo, onde sofreu com a confusão na área. Excetuando isso, não teve muito trabalho e, do pouco que teve (remate de Kaio César), revelou segurança.

Tiago Esgaio: Travou duelos dificílimos com Mangas, com o extremo vitoriano a ganhar-lhe quase sempre em velocidade. Acabou como central, fruto da expulsão de Matías.

Matías Rocha: Esteve bastante ativo na primeira fase de construção, mostrando precisão no passe curto (113 certos em 118) e no longo (4 em 6), até ter sido expulso, com segundo amarelo ao minuto 81, por impedir um contra-ataque perigoso. No lance do golo, estava distante da confusão, aparecendo depois na linha de baliza para tentar evitá-lo.

Fontán: Estreia tranquila do central espanhol que, com o seu pé esquerdo, também esteve bastante ativo na primeira fase de construção. Mostrou-se capaz na bola longa (6 certas em 10) e esteve atento defensivamente. Falhou uma possível interceção do cruzamento no lance de Chuchu ao minuto 85, ao não acertar na decisão propriamente dita: avançou para a frente, sem explicação (não estava lá qualquer adversário), quando deveria ter recuado.

Weverson: Fica ligado ao lance do único golo da partida, por ter deixado a bola passar por si sem ver que tinha Kaio César nas suas costas. Daí em diante, mostrou-se disponível em todo o flanco e em zonas mais interiores, mas estava demasiado subido, dando espaço nas suas costas para Kaio César.

David Simão: Na época transata, era um organizador mais recuado no terreno. Neste jogo, esteve mais ativo no ataque pela zona interior/esquerda. Nos parâmetros defensivos, também mostrou dificuldades em lidar com o meio campo adversário, recorrendo pontualmente à falta quando estava prestes a ser ultrapassado em velocidade. Com bola, foi demasiado lento por vezes a soltá-la, acabando por complicar a sua própria tarefa.

Fukui: Formou boa dupla com David Simão, colocando boas bolas longas no flanco direito. Ainda assim, teve algumas dificuldades em lidar com a pressão de Tiago Silva e Samu, perdendo por vezes a posse de bola em fase de construção. Andou pouco pelo ataque, mas nesse pouco foi bastante contido (arriscou apenas um remate nas visitas ocasionais à entrada da área).

Pedro Santos: Andou bastante mexido, saltando entre o centro do terreno e o flanco direito. Contudo, pareceu algo nervoso e com vontade de mostrar rapidamente serviço, perdendo algumas bolas, algo que não é habitual em si. Mérito para o facto de ter ganho 6 dos 12 duelos no solo que travou e de, nos 90 minutos que fez, nunca ter desistido de lutar.

Jason: Ao contrário do que é seu costume, foi relativamente previsível nas suas ações, tornando-se presa fácil para João Mendes e Borevkovic. Tentou alguns cruzamentos e dribles, a maioria destes sem sucesso, assim como os dois remates que fez (ambos foram bloqueados). Mostrou-se mais agressivo do que costume, tendo protagonizado um momento quente com Tiago Silva.

Sylla: Foi o jogador mais ativo e perigoso no ataque arouquense na primeira parte, enviando uma bola ao poste direito e um outro remate a rasar o mesmo poste. No segundo tempo, desceu ligeiramente de rendimento.

Trezza: Na primeira parte, poucas vezes esteve dentro do jogo, fruto de não só não estar na sua posição favorita (é extremo direito de raiz), mas também porque a defensiva vitoriana nunca lhe deu muito espaço de manobra. No segundo tempo, teve ainda mais dificuldades. Em 70 minutos de jogo, tocou 6 vezes na bola.

H.Araújo: Entrou para os últimos 20 minutos, na busca do golo do empate. Esteve maioritariamente na área, onde a bola não chegou, mesmo com este a procura-la na entrada da área. Assim como Trezza, nada mais pôde fazer a não ser correr através do esférico e posicionar-se entre os centrais adversários.

Pablo: Pedia-se que fosse organizador como David Simão o fora,  mas Pablo teve ainda mais dificuldades em lidar com o grande jogo do meio campo do Vitória SC.

Quaresma: Nos 14 minutos que fez, cumpriu ofensivamente e defensivamente, percorrendo com rapidez todo o flanco esquerdo, como já é seu costume. Assim como Fontán, também não mostrou um posicionamento totalmente correto no lance de Chuchu ao minuto 85 (deixou Kaio César solto de marcação).

Alex Pinto: Entrou para substituir Jason, já esgotado, e cobrir o flanco direito da defesa (Esgaio passou para central), voltando a formar uma linha de 4 na defesa em momento defensivo.

Marozau: Entrou a um minuto dos noventa e não teve nem tempo nem oportunidades para se mostrar. Tocou duas vezes na bola.

Dados estatísticos: SofaScore

Foto: FC Arouca

Texto: Simão Duarte

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Discurso Direto
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