Coesão e crescimento económico, o desafio de e para todos!

Esta é uma das temáticas da atualidade que mais me desperta interesse, mas também é uma das que mais me preocupa!

O interesse resulta das inúmeras abordagens e respostas criativas-reativas, que têm sido colocadas em prática por vários atores políticos, económicos e sociais, ao longo destas últimas décadas, onde também tive também a honra de participar, enquanto Autarca, com o meu modesto contributo.

A preocupação surge do constante das permanentes disparidades que dificultam o crescimento e fortalecimento dos indicadores da coesão territorial e da sustentabilidade demográfica.  Há um certo sentimento de um esforço e de uma luta permanente para tentar travar a manifesta perda de pessoas, sobretudo nos territórios de baixa densidade. Somos menos e cada vez mais velhos. São necessários cada vez mais lares residenciais e as escolas cada vez mais a ficarem vazias. Os territórios “disputam” a captação e a fixação de pessoas com medidas e investimentos avultados, sem que daí nem sempre resultem as desejadas e necessárias alterações à tendência. Se excluirmos o turismo e o movimento natural do Verão, os territórios do interior estão, infelizmente, cada vez mais vazios e a perder o seu ativo maior, as pessoas, criando, inclusive entre outras, dificuldades acrescidas no acesso à mão de obra, seja ela qualificada ou indiferenciada.

O tecido empresarial e o setor primário têm encontrado na imigração a solução para mitigar este sério problema. No entanto, esta realidade tem motivado muitas alterações no paradigma da realidade social e económica e com ela têm surgido vários problemas com os quais as autoridades políticas locais e nacionais se têm confrontado para dar respostas eficazes, necessárias e de salvaguarda dos direitos humanos e do trabalho.

Na minha perspetiva o nosso Governo tem colocado, nestes últimos anos – e bem,  o foco da sua estratégia na agenda no desenvolvimento de políticas reformistas, assertivas , mobilizadoras e que acompanham os novos tempos da modernidade, que passam , entre outras, por uma melhor mobilidade, onde a ferrovia pontifica – mas sem esquecer a concretização das pequenas ligações rodoviárias aos territórios e em particular às zonas empresariais, as ligações transfronteiriças, a transição energética , a modernização administrativa, a sustentabilidade ambiental, a modernização empresarial, a descentralização, o direito à habitação condigna e o combate às precariedades e às desigualdades no trabalho.

É uma agenda forte, robusta e moderna, assente financeiramente, em grande parte, nos fundos estruturais de apoio comunitários e no Plano de Recuperação e Resiliência. É uma oportunidade de “virar a página” para uma nova agenda de progresso, de equilíbrio sustentável e de salvaguarda do Estado Social.

A aposta decisiva no crescimento económico assume-se como a pedra angular de toda a estratégia. Sublinhe-se que tivemos o melhor desempenho económico dos últimos 35 anos. Em 2022 a economia cresceu 6,7% e a taxa de desemprego reduziu 11,8%, a mais baixa nos últimos 30 anos. Em 2022, o peso da dívida pública caiu para 114,7% do PIB, regredindo 10,9 pontos percentuais face à marca do final do ano anterior. Valorizou-se o salário mínimo nacional com um aumento histórico, entre 2015 e 2023, perto de 50%, fixando-se atualmente nos 760€ e até final da legislatura fixar-se-á nos 900€.

Este é o lastro para o caminho certo! Tenho no crescimento económico, um “aliado amigo das pessoas”, com melhores salários, competitivo, inovador e mais próximo dos territórios (valorizando-os e respeitando-os), salvaguardando o estado social, a grande alavanca para enfrentar os enormes desafios do futuro.

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
Partilhe este artigo
Relacionados
Newsletter

Fique Sempre Informado!

Subscreva a nossa newsletter e receba notificações de novas publicações.

O envio da nossa newsletter é semanal.
Garantimos que nunca enviaremos publicidade ou spam para o seu e-mail.
Pode desinscrever-se a qualquer momento através do link de desinscrição na parte inferior de cada e-mail.

Veja também