Por: Equipa da UCC de Arouca

Este mês, na rubrica Saúde na Comunidade iremos abordar o tema da prevenção de quedas na população idosa.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, as quedas são a segunda causa de morte por lesão acidental, ou não intencional, em todo o mundo, logo a seguir aos acidentes rodoviários.

O aumento do número de quedas está relacionado com a idade acima dos 65 anos, história prévia de quedas, doenças crónicas, deficiências nutricionais, estilo de vida sedentário, polimedicação, alteração da visão/audição, dependência, fraqueza muscular e frequentemente com desequilíbrio na marcha.

O ambiente em casa, ou em espaços públicos pode também ser um fator de risco para pessoas com maior risco de queda assinalando-se: fraca iluminação, pisos escorregadios, superfícies irregulares, tapetes soltos, fios elétricos, e outros obstáculos em locais de passagem; ausência de corrimões em corredores, escadas e quartos de banho; prateleiras demasiado altas ou demasiado baixas; via pública em mau estado de conservação, e má acessibilidade aos transportes públicos.

As quedas levam a consequências graves para o estado de saúde da pessoa, implicando muitas vezes um aumento no grau de dependência desta, bem como um acréscimo de morbilidades, (fraturas, traumatismos cerebrais e lesões nos músculos), que vão diminuir a capacidade de se movimentar e realizar as suas atividades diárias, diminuindo a sua qualidade de vida e aumentando o risco de morte.

Como meio de evitar a ocorrência de quedas, alerta-se para a necessidade de os idosos adaptarem a casa de acordo com as suas limitações, tornando-a mais segura.

De forma a manterem-se mais aptos para viver com as alterações próprias da idade devem manter-se activos física e cognitivamente, realizar exercício físico de forma regular, atividades para estimulação cognitiva e manter a vigilância da sua saúde junto da sua equipa de saúde familiar.