As palavras que fazem o título são do Presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arouca, Celso Portugal, na Ceia de Natal da corporação, realizada no passado sábado, na Vila. Esta constitui-se não só como um espaço de convívio, encontro e de partilha, mas também de balanço de um ano de labor. 

Servir toda uma comunidade é um ato nobre feito de dedicação, esforço e coragem, sustentado, grandemente, no trabalho voluntariado – algo referenciado a preceito nas intervenções ouvidas no passado sábado.  O evento que já não se realizava há dois anos por causa da pandemia, contou com a presença de autarcas, dirigentes da corporação, entidades locais, patrocinadores e, obviamente, os bombeiros e os seus familiares.  

As intervenções foram breves, mas plenas de significado, após mais um ano de trabalho intenso. 

O Comandante da corporação, José Gonçalves, reconheceu que 2022 foi um ano difícil e complexo. No entanto quis agradecer “a todos os bombeiros por todo o trabalho durantes os anos que se passaram em pandemia”, dando especial ênfase ao facto de contar permanentemente com “todo o apoio dos bombeiros do quadro de honra, Escola de Estagiários, Infantes e cadetes e a toda a família dos Bombeiros”, para que os propósitos e as tarefas propostas se concretizassem.  

Tempo de reconhecimento. 

Celso Portugal, presidente da Direção, depois de saudar todos os presentes, evocou “o direito à Paz para as vítimas das guerras e turbulências que assolam o mundo”, para de seguida se congratular, e no que se refere concretamente à instituição que lidera, “pelo sentido de responsabilidade e concórdia que caracteriza a vivência e integração na comunidade”, expressando por isso “gratidão a todo o Corpo Ativo, ao senhor Comandante e sua equipa, e a todos os que comungam o espírito” daquela numerosa família. Para si foi importante realçar a dedicação destes à causa que abraçam com empenho, em conjugação com as suas famílias, para servir as pessoas com maiores dificuldades, deixando a todos, incluindo os que agora integram o Quadro de Honra e de Reserva, “o reconhecimento dos corpos sociais num abraço amigo e solidário”. 

Celso Portugal reforçou a dimensão do conjunto de serviços desenvolvidos pelo Corpo Ativo e daí assinalar a importância de retirar “ilações quanto à complexa e constante atividade de um Corpo de Bombeiros, quando a mesma se desenvolve num território muito disperso”. Na oportunidade deu conhecer as viaturas e equipamentos que a corporação adquiriu/recebeu recentemente, assim como as melhorias que têm sido feitas no quartel.

Depois de agradecer à Câmara na pessoa da sua Presidente, o Presidente da Direção deixou um “abraço amigo e solidário a todos os associados, convidados, amigos e beneméritos, associações congéneres instituições e entidades”, que em permanência colaboram com os bombeiros de Arouca, aproveitando o ensejo para salientar que estes continuam unidos e com força redobrada “para um desempenho, de crescente competência operacional, ao serviço da nossa comunidade e dos que nos visitam”. 

A bem conseguida parceria.

As atividades de caráter público dos bombeiros e a grande dedicação às múltiplas causas, “em prol da comunidade nas suas várias dimensões de socorro” foram destacadas pela Presidente da Câmara, Margarida Belém, que referenciou também o gosto em estar naquela iniciativa “que fazia falta passados dois anos de pandemia”.

Em nome dos arouquenses deixou uma palavra de agradecimento pelo esforço dos soldados da paz, assim como às suas famílias, dando também relevância à bem conseguida parceria entre a autarquia e os bombeiros de Arouca, dados os objetivos que têm sido colocados e que na sua perspetiva têm sido cumpridos. 

Homenagem a Manuel Andrade Ferreira.

Ainda que recordado nas diferentes intervenções foi por proposta do Comandante José Gonçalves que se cumpriu um minuto de silêncio por aquele que foi um dos mais emblemáticos bombeiros da corporação: o adjunto Manuel Andrade Ferreira.  OPB