Depois de bons dias de calor, de praia, de piscina, de lazer, de brincadeiras, de passeios, enfim, de tudo que cheira a férias, eis que o verão começa a preparar-se para a sua despedida. As férias estão prestes a acabar. De volta teremos todo o labor relacionado com a preparação do início do novo ano lectivo. As escolas encher-se-ão brevemente de alunos que farão parte da sua vida.
Todos os anos, o mês de Setembro anuncia o Outono, a estação triste, do declínio, das lágrimas que caem das ásrvores, da beleza das cores que pintam a natureza e o início do ano lectivo. Este ano 2017/2018 vai permitir a experimentação dum projecto piloto de autonomia e flexibilização curricular pedagógica nos ensino básico e secundário em mais de duas centenas de escolas no país.
É, pois, de realçar a importância da aprendizagem na vida do indivíduo, daí a melhor e maior valorização e aproveitamento da escola e dos centros do saber e do aprender. Devemos ter consciência que hoje como nunca, o saber é uma ferramenta poderosíssima, razão para se aproveitar ao máximo as aprendizagens que a escola proporciona para desenvolver a inteligência, sedimentar capacidades, criar predisposições e operar mudanças. Em suma, o papel da escola é fundamental na sociedade contemporânea.
A educação é uma área que determina de forma indelével o nosso colectivo, a qualificação dos alunos e a valorização do capital humano, sendo um poderoso instrumento para avançar para uma sociedade que constrói o seu progresso baseado na igualdade de oportunidades, igualdade social e num maior desenvolvimento do ser humano. Nas últimas décadas realizámos um esforço notável no campo da educação – a escola pública para todos. Pela 1ª vez na nossa história, começamos a ter a base necessária para um novo modelo de desenvolvimento e de organização da sociedade. Existe conhecimento, ciência e tecnologia, mas não estamos a aproveitar adequadamente este potencial para integrar uma geração qualificada, a mais qualificada de sempre, que se tem visto empurrada para a precariedade, desemprego ou estrangeiro.
A educação é um direito inerente a todos os seres humanos, reconhecido na Declaração Universal dos Direitos humanos e o local, por excelência, para o seu desenvolvimento é a escola. Também, por todos é reconhecido o papel insubstituível que a educação desempenha para o desenvolvimento e progresso da humanidade. Daí a necessidade duma política para a educação que forme cidadãos críticos, reflexivos e interventivos, que seja capaz de estruturar a múltipla e diversificada informação que a sociedade produz e difunde, que equacione o futuro, os avanços e as possibilidades que oferecem as novas tecnologias e as novas exigências da ciência e da técnica, uma política educativa que aponte para uma escola que combata as desigualdades, a violência, a exclusão social e que não se esqueça do legado histórico de que cada um de nós é portador, mas que se preocupe também com os novos problemas que a Humanidade atravessa e que condicionam o futuro.
Em jeito de finalizar, para que uma escola para todos, com as mesmas oportunidades de acesso e de sucesso, inclusiva e atractiva seja uma realidade, é necessário romper com fechamentos burocráticos das escolas e da profissão, reconquistando uma dinâmica de inovação pedagógica.
Rosa Morais
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