Margarida Belém “domina debate em que restantes listas candidatas mostraram não ter uma estratégia integrada e sólida para a área do turismo e património”

COMUNICADO | O Centro de Arqueologia de Arouca (CAA) promoveu, ontem à noite, dia 11 de setembro,  o debate ‘O património histórico-arqueológico de Arouca – um bem da comunidade, uma responsabilidade de autarcas’, que contou com a participação de representantes das diversas listas candidatas às próximas eleições autárquicas, sendo que a única cabeça-de-lista presente foi Margarida Belém (Partido Socialista).

No debate, a candidata falou do percurso de valorização feito do património arouquense para explicar a linha de trabalho que está a ser feita pelo executivo PS e que ela quer manter. “Temos feito um bom trabalho ao nível da biologia e da geologia e temos vivido o património”, acrescentando que “a arqueologia é um património fundamental que tem de ser trabalhado nos mesmos moldes”. “Chegou agora o tempo da arqueologia”, referiu.

Em contraponto a esta visão, Ví­tor Carvalho, em representação da coligação ‘Somos Arouca’, acusou a autarquia de “a partir de 2005, pouco ou nada ter feito”, neste âmbito. “O que foi feito foi valorizar o património geológico em detrimento do arqueológico”, disse.

Margarida Belém lamentou o desconhecimento da realidade concelhia por parte do número dois na lista à Câmara pela coligação, tendo dado a conhecer algumas das diversas dinâmicas que têm vindo a ser implementadas pela autarquia no âmbito da arqueologia, algumas das quais com a Associação Geoparque Arouca. A iniciativa “Arqueólogo por um dia”, a integração de um programa de arqueologia no âmbito da Semana Europeia de Geoparques e a mais recente obra de valorização do património arqueológico de Arouca: o Casal Romano da Malafaia foram alguns dos exemplos dados.

Margarida Belém reconheceu, todavia, que ainda há “muito a fazer”, mas que é “necessário priorizar”. “Se não for assim não se consegue fazer nada”, afirmou, revelando ainda que o municí­pio passou a dispor de um técnico de arqueologia.

A estratégia que tem vindo a ser seguida pela autarquia que tem como marca e elemento agregador o Arouca Geopark mereceu o elogio e o reconhecimento de elementos do painel de oradores, nomeadamente António Óscar Brandão, representante da CDU. “O trabalho do Geoparque tem sido bem feito” disse, sugerindo que a arqueologia tenha “a mesma projeção de outro património”, dando o exemplo dos Passadiços do Paiva que têm sido “e bem”, na sua opinião, divulgados. Perspetiva contrária demonstrou ter Carlos Costa, representante do ‘Nós Cidadãos’, para quem os Passadiços não trazem pessoas que “fiquem para ver o património”, e a ponte suspensa não “parece ser uma grande ideia”.

José Américo Quaresma, representante do PPM, reconhecendo que Arouca, “a ní­vel da Área Metropolitana do Porto, é um dos mais importantes concelhos na área da arqueologia”, não deixou, contudo, de referir que “não se pode preservar todo o património”.

Quanto ao programa eleitoral para o próximo mandato, no que ao património e ao turismo, de uma forma mais ampla, diz respeito, Margarida Belém partilhou com os presentes algumas das ações que estão previstas como é o caso do relançamento do Mosteiro como âncora de desenvolvimento, o arranjo urbanístico e paisagístico da Sra. da Mó e a criação de um espaço museológico nas antigas minas de Rio de Frades. Por sua vez, os restantes participantes quando questionados sobre as ações efetivas no âmbito de uma estratégia integrada do património e do turismo tiveram manifesta dificuldade em apresentar ações concretas e concertadas.

PS Arouca

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
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