
Pelas 20h30 deste sábado, os Lobos de Arouca deslocam-se ao “inferno da Luz” para defrontar o SL Benfica. O dia começou mais cedo para os encarnados, que se deslocaram às urnas para escolher a continuidade de Rui Costa ou então eleger um novo presidente.
O momento de ambas as equipas é um bocadinho distinto: isto porque os arouquenses vêm de dois jogos seguidos sem perder, em que o último foi um triunfo para a Taça de Portugal (1-2 frente ao Portimonense), mas os encarnados sofreram uma derrota dura em Inglaterra para a Liga dos Campeões (3-0 com o Newcastle). José Mourinho ainda está à procura da melhor imagem das águias, enquanto Vasco Seabra luta por vitórias e aliadas a um registo defensivo a zeros (os arouquenses sofreram golos em todos os jogos).
O histórico de confrontos é manifestamente favorável ao Benfica, que venceu 17 dos 20 encontros disputados. Se olharmos apenas para os duelos respeitantes ao campeonato, o cenário mantém-se, com 13 triunfos dos encarnados em 16 partidas. As exceções à norma, digamos assim, são dois empates. Ambos foram disputados na Luz e terminaram com um 2-2, sendo que o segundo foi conquistado a época passada, o que dificultou imenso a luta do Benfica pelo título. Nota também para o histórico triunfo arouquense, em Aveiro, por 1-0, que se sucedeu há pouco mais de 10 anos (23 de agosto de 2015), como recordamos na série de artigos que publicamos referentes à temporada 2015/16.
Na conferência de imprensa de antevisão à partida, o treinador do FC Arouca, Vasco Seabra, abordou o que espera do jogo e do adversário, salientou o crescimento da sua equipa e apontou também as sensações de defrontar, pela 1ª vez, José Mourinho. Estas foram algumas das questões colocadas ao técnico:
“Alegria por voltarmos a competir, paixão pelo jogo, um entusiasmo muito grande por defrontarmos um bom adversário, onde nós queremos estar também ao nosso melhor nível. A nossa capacidade, queremos demonstrá-la, aquilo que nós somos enquanto equipa, a nossa identidade, irmos para o jogo sabendo que vamos passar muitos momentos de dificuldade, mas queremos também ter os nossos momentos de felicidade e de mostrarmos aquilo que nós valemos e aquilo que somos individual e coletivamente.
Sentimos que somos uma equipa que temos vindo a crescer semana após semana e, portanto, esta fase em que houve a paragem, regresso para a Taça, dá-nos a perspetiva e a expectativa de podermos fazer um bom jogo contra um bom adversário e podermos levar o jogo sempre para competirmos no nosso limite.
As eleições é uma coisa que nos passa ao lado, não temos nada a ver com isso, por isso é um problema que é do Benfica. Nós focamos naquilo que controlamos, analisamos o Benfica, o seu processo de jogo. É uma equipa recheada de bons valores, um treinador que é a maior referência de todos nós e de mim em particular, cheio de experiência e de capacidade para aquilo que está a fazer. Sabemos que vai ser um jogo de duelo muito difícil, mas onde nós nos queremos bater, onde nós queremos desafiar-nos a estar sempre no nosso limite, a procurarmos aquilo que são as fragilidades do Benfica. Por isso, nessa perspetiva, mas com entusiasmo para fazermos um bom jogo.”
“É um treinador que é uma das minhas maiores referências, provavelmente o maior impulsionador do grande salto dos treinadores portugueses, por isso penso que é um bocadinho abrangente a quase todos, mas mais do que isso é o treinador do Benfica e é o treinador do nosso próximo adversário e, portanto, as sensações são extraordinárias de poder enfrentar os melhores.
Quando nos desafiamos contra os melhores, é fantástico, porque nos dá uma motivação incrível, por isso é muito bom podermos defrontar um treinador que chega ao campeonato português novamente e que nós temos a oportunidade de ter o confronto.”
“São boas dores de cabeça. Felizmente, a equipa provocou-me individualmente dúvidas para este jogo. A semana de treinos voltou a colocar-me dúvidas, por isso, a este dia, ainda não sei qual é o onze que vai iniciar amanhã. Provavelmente está na minha cabeça, mas também não vai ser divulgado já, mas é bom sinal, porque nos deixa preparados para podermos enfrentar um bom adversário, mas também nos remonta para que, internamente, os jogadores estão a lutar, estão a crescer e estão a colocar boas dores.
Quando a gente não tem dúvidas, normalmente não é muito bom sinal, é sinal que a distância de uns para os outros não está ou está acentuada. Neste momento não está, pelo contrário, estão a competir, o que me dá margem para poder estrategicamente mexer nas coisas que achar que devo fazê-lo e também por aquilo que, na minha meritocracia, naturalmente ela é sempre vista dependendo dos olhos, mas à minha meritocracia podermos defrontar o jogo perante esses mesmos jogadores que provam que estão preparados.”
Mateo Flores e Matías Rocha são as únicas ausências confirmadas para a partida, sendo que Dylan Nandín está em dúvida (mas com boas perspetivas, como referiu Vasco Seabra).

Os onzes prováveis de Benfica e Arouca
Texto: Simão Duarte
Foto: SL Benfica

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