A Guarda Nacional Republicana (GNR) assinala esta segunda-feira, 20 de outubro, o Dia Mundial de Combate ao Bullying, reforçando a prevenção e o combate à violência, ofensas, ameaças e intimidação em contexto escolar.

No corrente ano letivo 2025/2026, entre 13 e 20 de outubro, as Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) realizaram 336 ações de sensibilização sobre bullying e ciberbullying, envolvendo 12 945 crianças (dados provisórios). O objetivo passa por alertar para sinais silenciosos, como alterações de humor, ansiedade, irritabilidade, queixas físicas persistentes ou mudanças súbitas de comportamento, e promover uma cultura de escuta ativa e apoio emocional na comunidade educativa.

A GNR sublinha que, tal como a saúde física, também a saúde mental exige cuidado e atenção: reconhecer e regular emoções, desenvolver resiliência e empatia e criar redes de apoio entre família, pares e escola são fatores decisivos para o bem-estar dos mais novos. A corporação lembra que a normalização da procura de apoio psicológico e médico deve ser encarada como um gesto de coragem e autocuidado.

Embora o bullying não esteja tipificado como crime autónomo, muitos comportamentos associados enquadram-se em ilícitos como ofensas à integridade física, injúrias, ameaças e coação, sendo estes os mais frequentes.

No ano letivo 2024/2025, a Guarda contabilizou 1 537 ações de sensibilização, dirigidas a 55 108 crianças e jovens, em 4 604 estabelecimentos de ensino sob responsabilidade da GNR (dados provisórios). No mesmo período, registou 119 ocorrências: 106 de bullying e 13 de ciberbullying.

Além de todas estas ações, a GNR sublinha que dispõe de militares com formação especializada para acompanhamento personalizado das vítimas e respetivo encaminhamento para entidades competentes.

Texto: Pedro Gonçalves

Foto: Guarda Nacional Republicana