Um grupo de moradores do extremo norte/nascente do lugar da Bouça, na freguesia de Chave, denunciou a exclusão das suas habitações do prolongamento da rede de fibra ótica. Através de um abaixo-assinado, referem que “estão a ser discriminados em relação a outros locais da mesma freguesia embora tenham já feito chegar a sua voz à Assembleia Municipal de Arouca sem que ninguém queira resolver esta anómala e incompreensível atitude de quem de direito”.
Segundo os signatários, cerca de 16 fogos e 25 residentes continuam privados do fornecimento deste serviço essencial, apesar das intervenções, realizadas há “cerca de mais de dois anos”, nomeadamente entre a “Zona Industrial da Farrapa e ao longo da Estrada Nacional 224 até à Farrapa”, bem como numa via municipais adjacente.
Os moradores revelam ainda que “na página da DST quando se clica e se pretende saber se existe fibra ou não, cujo Código Postal é 4540 – 262, aparece textualmente a indicação de que a rede fibra existe. Pura falsidade e demagogia da parte de quem alertado para a situação, nada resolve embora tenha dotado esta tecnologia em lugares mais pequenos que estes e com menos população”. “O que sucede é que a última caixa instalada (PDO) tem o número 0016 e refere- se às coordenadas 40.8931584 2371434-8.335646549239755. Tal PDO que se encontra instalado num poste colocado no sentido descendente Cruzamento da Farrapa – Arouca na EN 226 junto a um alambique desativado, onde existe uma habitação s/n.o de porta”, acresentam. Assim, explicam, a rede de fibra ótica não chega às habitações de Ribães de Cima e Ribães de Baixo, atualmente designadas como “Rua 10 de Dezembro, Rua de Venda e outros”.
A ausência de fibra levou vários habitantes a desistirem de serviços por cabo, devido à má qualidade de ligação e à impossibilidade de acesso a canais HD. Além disso, referem que “têm assediado os residentes a aderir a pacotes com promessas de fornecimento dos serviços através da rede fibra (que não existe)”. “As constantes razões de queixas por parte de quem usufruía serviços por Cabo (Via telefone) das operadoras e dado que não lhes era permitido aceder nas melhores condições de acesso ao serviço e ainda ao sistema de captação de televisão HD acabaram por abdicar dos serviços destas”, referem.
Devido ao exposto, “vêm os signatários solicitar que sejam igualmente contemplados com o fornecimento da fibra ótica, pois o investimento a ser feito e que deveria ter sido acabado e não o foi fica-se a escassos 175/200 metros dos últimos lugares habitados (já referidos Ribães de Cima e de Baixo)”, lê-se no respetivo abaixo-assinado.
Neste seguimento, a dstelecom esclareceu que, após consulta no seu site, verificou que, ao pesquisar pelo código postal 4540-262, a informação devolvida era: “A rede de fibra da dstelecom já chegou à sua zona. Para conhecer os pacotes disponíveis na sua morada fale com o seu operador.” A empresa reconhece que esta informação podia não ser “totalmente clara, dado que se referia à zona e não à morada em concreto”. Deste modo, afirma ter já alterado o conteúdo para que a informação apresentada ao consumidor seja mais transparente e precisa.
Relativamente à cobertura de fibra na freguesia de Chave, mais concretamente no lugar da Bouça, a dstelecom esclarece que:
“97,9% da freguesia já se encontra coberta pela nossa rede de fibra ótica, o que representa 743 moradas servidas; Apenas 16 moradas não dispõem ainda deste serviço”
Segundo a empresa, estas 16 moradas estão abrangidas no âmbito do concurso público das chamadas “zonas brancas”, estando prevista a sua cobertura com rede de fibra ótica.
A dstelecom sublinha ainda que não fornece serviços de telecomunicações ao consumidor final, limitando-se a disponibilizar a sua rede de fibra ótica aos diversos operadores de retalho. Assim sendo, quaisquer práticas comerciais ou alegado assédio reportado pelos moradores “em nada têm a ver com a atuação da dstelecom”.
Foto: Pexels
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