Pelas 20h30 deste sábado, o FC Arouca regressa ao seu campo para defrontar o sempre exigente Rio Ave. Se, na semana passada, os arouquenses foram duramente derrotados em Alvalade (6-0), os vilacondenses disputaram o seu primeiro jogo oficial na semana passada, tendo empatado a uma bola contra o Nacional.
O histórico de confrontos fica marcado pelo equilíbrio, com os resultados a comprovarem a exigência de que falamos acima: em 19 encontros, há 7 vitórias para cada lado e 5 empates. É preciso recuar até 2023 para encontrar o último triunfo dos arouquenses: 2-0 para a Taça da Liga. Contudo, se olharmos apenas apra os jogos a contar para a Liga Portugal, é necessário recuar ainda mais, pois o último triunfo dos Lobos de Arouca, para a Liga, frente ao Rio Ave, foi em 2015, há 10 anos (pode recordar esse jogo e outros tantos na série de artigos que o Discurso Directo publicou a propósito do 10º ano da época 2015/16, em que os arouquenses conquistaram, pela 1ª vez, a ida à Europa).
Na conferência de imprensa pré-jogo, Vasco Seabra afirmou que a derrota frente ao Sporting não pesou no balneário, analisou o Rio Ave e aquilo que Barbero, que deverá ser titular, pode oferecer e explicou ainda o porquê de Mantl e David Simão, habituais titulares da época passada, não serem agora titulares. Estas foram as questões colocadas ao técnico dos arouquenses:
“Não, tal como não pesou, para o lado positivo, em demasia, a vitória que fizemos contra o AVS, também não pesa para o lado negativo aquilo que aconteceu em Alvalade. Primeiro, porque sabemos para onde queremos ir, ou seja, temos um caminho muito claro, e depois porque também sentimos as circunstâncias em que o jogo aconteceu. E tal como fazemos contra o AVS, fizemos a mesma coisa contra o Sporting: temos 24 horas a seguir para, no caso do AVS festejar, no caso de Alvalade tivemos aquelas 24 horas para sofrer, e a seguir voltarmos com o entusiasmo que nos caracteriza e com o espírito de grupo que sai reforçado até.
Nos momentos bons, é muito fácil sempre andarmos em tudo, nos momentos em que as coisas não correm tão bem, reforçamos o nosso espírito do grupo, o nosso espírito de equipa, a forma como, quando caímos, nos levantamos. Esse é que são os sempre os jogadores de carácter que a gente quer. Treinamos muito bem, sentimos que estamos preparados para aquilo que vai ser o jogo com o Rio Ave. Adversário difícil e é nesse foco que nos concentramos”.
“É um Rio Ave com uma ideia de jogo diferente daquela com que concluiu a última época . Tem um jogo rígido, de compreensão relativamente simples, mas são movimentos muito característicos e difíceis de controlar. É uma equipa difícil de bater, agressiva a pressionar, que se entrega ao jogo também, Por isso, sentimos que é um adversário que, como não ganhou o primeiro jogo, está à procura da primeira vitória no campeonato. Historicamente, sabemos que tem sido um adversário difícil para o Arouca.
Essencialmente, queremos motivar os nossos adeptos e motivar-nos a nós mesmos. No primeiro jogo em casa, tivemos muita gente na bancada a apoiar-nos, estarmos juntos e conquistarmos a nossa fortaleza em casa, reforçar a nossa força caseira.
Temos que enfrentar o adversário com uma motivação muito grande, com essa capacidade de luta e de resiliência, para conseguirmos mantermo-nos bem focados no jogo. Sabemos que vamos ter momentos de sofrimento, porque faz parte de todos os jogos, mas também temos que saber que provavelmente também vamos ter momentos em que vamos estar por cima do jogo. Vai ser um bom jogo, muito competitivo, onde nós temos que estar a esse nível”.
“Pode oferecer as coisas que introduziu no jogo em Alvalade, foram muito positivas. Tem capacidade para ligar, é associativo, combinativo, forte no ar, tem capacidade para segurar e batalhar nos centrais e dar soluções à equipa. Acredito que é um jogador que tem todas as características para nos poder ajudar em jogo.
Temos ainda o Marozau, que também tem muitas características de ataque à profundidade e de ser diferenciador nesse momento e que coloca a equipa em frisson porque a toda a hora faz esse tipo de movimentos. Temos ainda o Trezza, que é um jogador que também já fez a posição, inclusivamente em Alvalade e comigo, ano passado, já fez alguns jogos como ponta e que até tem características mais parecidas com o Dylan do que com o Barbero.
Por isso, sentimos que temos soluções capazes para, em função daquilo que o jogo nos estiver a dar, a equipa possa estar tranquila, serena. Sabendo que temos capacidade de pressão com qualquer um deles, temos soluções para jogar mais em apoio, em profundidade, no ar, de velocidade na frente. Preferíamos ter o Dylan, porque seria mais uma opção, mas confiamos em quem vamos ter”.
“Confiamos muito no Nico (Mantl) e no David (Simão). E até, relativamente ao David, é o capitão da equipa, muita qualidade com aquilo que nos pode ajudar. Em todos os momentos, e os jogadores sabem, eu não tomo decisões em função daquilo que as outras pessoas dizem, pensam, vêm ou de acordo com aquilo que era há duas jornadas ou há quatro meses.
Tomo decisões em função daquilo que me parece, a cada semana que passa, que são as melhores soluções para a equipa. Aqueles que são os melhores neste momento, não quer dizer que passado uma semana ou um mês continuem a ser os melhores. O que é melhor é em função do momento de forma, do momento da equipa ou daquilo que são as ideias que pedimos e que solicitamos a cada um deles. Por isso é que temos um plantel com 23 jogadores de campo, em que nós procuramos que, ao ter 3 guarda-redes e 23 jogadores de campo, possamos, em função das características deles, da forma como criamos relações entre equipa e o momento de forma deles, optarmos por aqueles que parecem ser as melhores soluções.
No primeiro jogo, jogaram o Pedro Santos e o Valido, fizeram os dois uma excelente partida, se o David ou o Nico vão jogar mais à frente, não faço ideia. Essa competição interna é de salutar, deixa-me com muito boas dores de cabeça. Este ano, por exemplo, sentimos que o Jakub (Vinarcik) luta para jogar a titular também. Portanto, o Jakub, o Nico e o Valido estão numa competição muito acesa para tomar a decisão de quem jogava. Nos quatro médios, é interessante vermos, porque temos quatro médios de uma qualidade muito alta.
Bom é para o treinador, que tem essas dores de cabeça, e felizmente a administração conseguiu colocar estas boas dores de cabeça no plantel”.
Pablo Gozálbez, ainda em recuperação, bem como Dylan Nandín, que viu vermelho na 2ª jornada, são as únicas ausências confirmadas para o encontro de mais logo.
Onzes prováveis de FC Arouca e Rio Ave
Texto: Simão Duarte
Foto: Pedro Fontes – FCA
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