Após o evento de apresentação da sua candidatura, o Discurso Direto colocou algumas questões ao candidato do PSD à Câmara de Cinfães, Bruno Rocha, onde foram aprofundadas ideias centrais do seu projeto.
Estás foram as suas palavras:
“Nós acabámos de pincelar aqui um bocadinho todos os temas, mas há um foco muito grande naquilo que é a tentativa de fixar os jovens. E isso consegue-se com o quê? Consegue-se criando postos de trabalho. E, para isso, é preciso que o setor privado venha — e por isso é tão importante a questão das acessibilidades. E é por isso que está aqui também o Ministro, lá está.
Depois temos a questão da habitação. Há muita gente da nossa zona a fugir para os concelhos periféricos de Cinfães porque não conseguem construir. Tudo o que envolve esta realidade são grandes prioridades — o apoio económico também, o apoio à economia, e depois todas as outras áreas transversais, como se viu aqui: a área do desporto, até mesmo a área da cultura, não é? Há um trabalho muito grande que se tem de ir fazendo para recuperar o tempo perdido.”
Sim, acho que é notório. Claro que é preferível trabalhar em cima de resultados positivos do que de resultados negativos. Mas acho que é importante salientar uma coisa: os resultados negativos, quando temos convicções, nunca nos atrapalham.
Os meus primeiros resultados autárquicos foram muito negativos. Mas eu olhei para o concelho e percebi que havia ali uma margem de progressão. Tanto é que, passados quatro anos, houve o dobro das pessoas a confiar em nós. Por isso, naturalmente, hoje estamos mais próximos da vitória.
Acho que para isso contribuem dois ou três fatores. Há um contexto nacional que nos é favorável — que na minha primeira eleição era completamente desfavorável, sejamos claros. O PSD estava muito mal, hoje está no Governo. Há também um desgaste natural, mas, por outro lado, há muitas políticas erradas, sobretudo nos últimos quatro anos: nomeações, contratos por explicar… situações que denegriram bastante a imagem do Partido Socialista localmente.
E há um outro fator — e esse é o que mais quero valorizar — que é o facto de nós estarmos mais bem preparados do que antes. Temos de reconhecer esta evolução. Estamos mais próximos das pessoas, temos gente connosco mais recetiva a promover esta mudança. Por isso, há aqui um conjunto de fatores que nos leva, naturalmente, a ter fortes expectativas de vitória nesta eleição.
A mensagem é muito simples. Eu não tenho nenhuma obsessão em estar no poder em Cinfães. Tenho ideias muito diferentes. Não estou absolutamente contra ninguém. Há muita gente que esteve contra mim no passado que hoje estava aqui nesta sala — e acho que viu isso.
O meu único objetivo são os Cinfanenses. Acho que todos devemos fazer um exercício: analisar se o caminho trilhado nos últimos anos de gestão socialista foi o caminho certo. Se foi, eu sou o primeiro a dizer que devemos continuar a apostar nos mesmos.
Agora, para mim, é preocupante perdermos, em média, uma pessoa por dia nos últimos dez anos. A saída de jovens, a saída de pessoas de Cinfães, é naturalmente uma das maiores preocupações.
Acredito que temos projetos diferentes. Vamos olhar para os problemas de forma diferente. Hoje deixei aqui algumas ideias: a revisão do PDM, que é extremamente importante; a vinda do Ministro das Infraestruturas a Cinfães; o reforço da necessidade de uma variante à N222, que nunca foi reivindicada pelo Partido Socialista.
Há ideias diferentes. E hoje existem duas candidaturas: a do Partido Socialista e outra liderada pelo PSD. Mas quero deixar isto bem claro — e quem conhece as pessoas sabe: hoje, nesta sala, estiveram pessoas desde a esquerda à direita, pessoas que deram a cara por vários partidos e que hoje dão a cara por um partido que é, acima de tudo, Cinfães.
Foto: Pedro Gonçalves
O envio da nossa newsletter é semanal.
Garantimos que nunca enviaremos publicidade ou spam para o seu e-mail.
Pode desinscrever-se a qualquer momento através do link de desinscrição na parte inferior de cada e-mail.