“Somos o partido mais ambicioso e com mais vontade de transformar Portugal”, afirmou Mário Amorim Lopes na visita da IL a Arouca

No passado dia 8 de maio, quinta-feira, uma comitiva da Iniciativa Liberal (IL) deslocou-se a Arouca com o objetivo de contactar com as instituições locais e de conhecer mais de perto os desafios e potencialidades deste concelho. A visita contou com a presença de Mário Amorim Lopes (cabeça de lista por Aveiro), Diogo Meira (o número 2) e Valter Cruz (12.º candidato).

O dia começou com uma deslocação, por volta das 10h00, aos Bombeiros Voluntários de Arouca (BVA). Seguiu-se uma visita aos Passadiços do Paiva, para observarem um pouco do impacto dos incêndios (de setembro do ano transato), assim como a reconstrução dos mesmos. Depois, almoçaram num restaurante local, onde falaram com a população. Por fim, reuniram-se com a AECA (Associação Empresarial de Cambra e Arouca) e com alguns empresários da mesma associação, maioritariamente de Vale de Cambra.

Nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Arouca, os candidatos da IL tiveram uma reunião com alguns membros dos BVA, que deram a conhecer a atividade da instituição durante o ano de 2024. Na apresentação efetuada, foram expostas as dificuldades no que diz respeito às distâncias entre as localidades do concelho de Arouca, bem como os respetivos acessos. Outro dos pontos abordados remeteu para o pagamento reduzido, por parte do Estado, relativo a cada quilómetro que as viaturas dos Bombeiros Voluntários de Arouca fazem no Transporte Regular de Doentes. Além disso, foram transmitidos os obstáculos na formação de bombeiros devido à burocracia, custos e demora da Escola Nacional. Abordou-se também a reivindicação pela 3ª e última fase da Variante.

Por último, conheceram-se as prioridades dos BVA, nomeadamente: os seguros dos Bombeiros, as regalias sociais, o equipamento de proteção Individual, a regularização das Carreiras dos Funcionários das Associações e a revisão urgente dos valores pagos pelo TDNU.

No final da reunião, o DD colocou algumas questões a Mário Amorim Lopes (MAL), que encabeça a lista da Iniciativa Liberal pelo Círculo Eleitoral de Aveiro.

DD: Nas últimas eleições legislativas (2024), a Iniciativa liberal foi o quarto partido mais votado em Arouca. O que é que distingue este ano a candidatura da IL que pode levar os arouquenses a optar por este partido e não pelas restantes forças políticas?

MAL: Eu diria que a Iniciativa Liberal é, de longe o partido mais ambicioso e mais reformista que neste momento está disponível no boletim de voto. Todos queremos melhorar as condições de vida dos portugueses, todos queremos melhores salários e melhores pensões, a questão é: como é que isso se faz? São precisas reformas, ambição e pôr o país a crescer. É essa a nossa visão e acho que é isso que nos diferencia dos demais. No caso dos arouquenses, em particular, sentem-no na pele, porque, apesar de estarem num distrito do litoral, são uma vila do interior, os acessos são difíceis, a vida é difícil, mas pode ser muito melhor. Isto porque há outros países mais pequenos que o nosso por essa Europa fora e que conseguiram crescer, ser prósperos e ter melhores salários e pensões. E nós conseguimos também. Nós temos uma enorme ambição e uma ideia inamovível de que isso é mesmo possível. Portanto, somos de longe o partido mais ambicioso e com mais vontade de transformar Portugal.

DD: Quais considera serem as prioridades para o distrito de Aveiro e, em particular, para os concelhos do interior, como é o caso de Arouca?

É engraçado essa pergunta, porque nós, geralmente, dizemos que há Estado a mais e é verdade. Em Portugal há Estado a mais nos impostos e nas empresas públicas. Mas, curiosamente, em determinados pontos o Estado devia estar mais presente. Por exemplo, nas infraestruturas: a linha do Baixo Vouga, o Vouguinha, que é fundamental para unir o distrito, é algo que está há muitos anos à espera de melhorias que têm de ser feitas e isso é uma responsabilidade do Estado. A questão também do hospital de Aveiro, que é absolutamente fundamental, até para dar apoio à Universidade de Aveiro, agora até como o recém-criado curso de Medicina. E, no caso, a infraestrutura rodoviária que dá acesso aqui a Arouca, focando mais no concelho. Portugal tem muitas autoestradas, mas se calhar tem muitas autoestradas nos sítios errados. Ainda há pouco conversávamos que havia quase três autoestradas entre Porto e Lisboa e aí, se calhar, há demasiada opção, quando deveria haver era um acesso bom aqui a Arouca, porque não há opção. É uma estrada nacional, onde há muitos acidentes, com muitas curvas, é perigosa e separa Arouca do resto do distrito. Portanto, eu creio que esses três investimentos são chave: o hospital, a ferrovia (no caso, a linha do Baixo Vouga; o traçado TGV já vai atravessar o distrito e isso vai ser bom também) e a questão do acesso a Arouca.

DD: Que propostas concretas têm para o desenvolvimento social e económico de concelhos como Arouca, onde o turismo é importante, mas a desertificação continua a ser uma realidade?

MAL: Nós não demonizamos o turismo. O turismo é bom, foi uma válvula de escape para Portugal crescer a seguir à troika. É importante, mas nenhum país pode viver só de turismo. Um país que vive só de turismo, geralmente, é um país pobre. Portanto, o que nós temos de fazer é, por exemplo, aquilo que a Birkenstock fez, uma empresa alemã de calçado muito conhecida, que escolheu,  instalou-se e contratou muita gente em Arouca. E é possível nós conseguirmos atrair mais empresas destas para o território, por exemplo, sendo mais atrativos enquanto país, baixando a fiscalidade sobre as empresas que é a segunda mais elevada de todos os países da OCDE. Nós penalizamos muito as empresas e não estamos a falar dos acionistas e dos donos, estamos a falar dos impostos sob as empresas. E isso seria interessante para atrair empresas para Portugal e, depois, para atrair para o interior do país, ou seja, estas cidades que estão mais longe do litoral. Nós, no ano passado, e mantém-se neste programa eleitoral, defendemos aquilo que são as Zonas Económicas Especiais, ou seja, condições ainda melhores para esta zona do interior ser mais competitiva. É verdade que Arouca está longe do litoral, mas tem uma vantagem, está no meio da natureza e tem uma qualidade de vida extraordinária. E, atualmente, há muitas empresas que trabalham no digital, por isso, é indiferente a pessoa estar no Porto, em Lisboa ou em Arouca, podem estar em qualquer sítio desde que tenham boas telecomunicações e um acesso rápido. Portanto, garantindo isso, podemos garantir que as empresas e que as pessoas podem estar a viver aqui no meio da natureza e não no meio de uma cidade caótica, com carros e autocarros a passar. Eu acho que isso é um fator de competitividade aqui para as zonas mais do interior, temos é de ser atrativos para conseguir puxar as empresas para cá, como fez Birkenstock que é um bom exemplo.

DD: Existem muitos jovens que saem da região por falta de oportunidades. Que soluções apresenta a IL para fixar os jovens nestes territórios do interior, nomeadamente no que ao acesso à habitação e ao emprego diz respeito?

MAL: A fixação dos jovens depende de muitas coisas. Depende, antes de mais, de existirem oportunidades. Não é por acaso que os jovens saem das zonas do interior – não há oportunidades e isso é um problema. Nós facilitarmos a instalação de empresas no interior é uma forma de os fixarmos. Outra forma muito importante é a questão dos polos universitários. Nós sabemos, vemos isso na cidade de Aveiro e nas extensões que tem em Águeda, Oliveira de Azeméis, mas, por exemplo, noutras zonas do interior como a Universidade da Beira Interior (UBI). A UBI foi fundamental para manter lá gente qualificada e, mais do que isso, para atrair empresas para o setor. No caso aqui da região de Aveiro, continuar a apostar nestes polos da Universidade de Aveiro que estão distribuídos pelo território é, também, uma das formas de conseguirmos atrair jovens para cá e, depois, de atrair empresas que querem ficar com estes jovens e que querem contratá-los. Eu creio que estes dois fatores são muito importantes: trazer empresas para cá, atraí-las, sermos competitivos e também trazermos gente qualificada e formarmos gente qualificada que queira lançar as suas próprias empresas e trabalhar nestas empresas.

Texto e Foto: Sofia Brandão

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