Apesar do desaire no terreno do Santa Clara (2-0 para os açorianos), os arouquenses têm motivos para festejar esta jornada: com a goleada do SL Benfica ao AFS (6-0), o FC Arouca garantiu matematicamente a manutenção na Primeira Liga. Com nove pontos por disputar nos últimos três jogos, tanto AFS como Boavista (que recebe esta noite o Sporting) só podem atingir, no máximo, 33 pontos. Mesmo que esses cenários improváveis se verifiquem, o FC Arouca ganha no confronto direto a ambas e também na diferença de golos, os dois primeiros e principais critérios de desempate da Liga.
A primeira presença foi no lido ano de 2013, há 11 anos, com a estreia a opor os arouquenses ao Sporting – pode rever, no nosso site, o artigo referente a esse encontro (“Estreia do FC Arouca na Primeira Liga foi há 11 anos!”). Na época de estreia, os arouquenses de Pedro Emanuel ficaram em 12º lugar (à data, o campeonato jogava-se a 16 equipas), com 31 pontos, sete a mais que as duas equipas que desceram – Paços de Ferreira e Olhanense – tendo marcado 28 golos e sofrido 42. Bruno Amaro foi o jogador mais utilizado, com 34 jogos e Roberto foi o melhor marcador, com nove tentos certeiros.
Na segunda temporada (2014/15), os arouquenses ficaram em 16º lugar (com o campeonato a jogar-se já entre 18 equipas), ou seja, no lugar imediatamente acima aos dois de descida, e com um diferença de pontos menor (cinco para o Gil Vicente e seis para o Penafiel). Nos golos, o FCA marcou menos (26) e sofreu mais (50). Iván Balliu, Diego Galo e David Simão foram o trio que mais jogos registou (36) e Roberto manteve-se o melhor marcador, desta vez com apenas seis golos.
Na terceira temporada (2015/16), os Lobos de Arouca fizeram história, ao conquistarem o acesso à Liga Europa, terminando em quinto lugar, com 54 pontos. Foi também a primeira época na Primeira Liga com saldo de golos positivo: 47 golos marcados e 38 sofridos. Já com Lito Vidigal como técnico, Bracali e Maurides foram a dupla que mais jogos registou (37) e Walter González foi o homem-golo, com sete tentos certeiros.
A passagem no mais alto escalão do futebol nacional foi interrompida na temporada 16/17, onde o FC Arouca acabou a época em 17ª lugar, o primeiro dos dois de descida. Apesar de ter os mesmos 32 pontos que o Tondela, os arouquenses caíram à Segunda Liga pela diferença de um golo (o Tondela registou uma diferença de golos de -23, ao passo que o FCA registou uma de -24). Lito Vidigal, Manuel Machado e Jorge Leitão foram os treinadores de um plantel em que Jubal Júnior e Walter González foram os atletas mais usados (39 jogos) e Kuca foi o melhor marcador, com oito golos.
Com algumas temporadas de Segunda Liga e uma de Campeonato de Portugal pelo meio, o FC Arouca regressou à Primeira Liga na época 2021/22, pela mão de Armando Evangelista. No regresso, o FCA ficou em 15º lugar, com 31 pontos, no primeiro lugar acima dos três de descida. João Basso e Arsénio somaram 36 jogos, sendo a dupla mais usada, e André Silva foi o homem-golo, com 10 tentos certeiros.
Na segunda temporada (22/23) após o regresso, de novo a Europa. Desta vez, ao terminar novamente em 5º lugar, com os mesmos 54 pontos da outra temporada de qualificação para as competições europeias, o FCA garantiu vaga nas eliminatórias da Conference League. Antony Alves e Morlaye Sylla, ambos com 43 jogos, foram os mais usados, ao passo que Mujica foi o melhor marcador, com 14 golos.
Por último, na temporada passada (23/24), o FCA acabou a época em 7º lugar, com 46 pontos. Daniel Ramos e Daniel Sousa foram os treinadores do plantel em que Cristo González foi o mais usado (42 jogos) e Mujica voltou a ser o melhor marcador (23 golos).
Assim, na próxima temporada (25/26), os Lobos de Arouca irão cumprir a sua nona presença no escalão máximo do futebol português.
Texto: Simão Duarte
Foto: FC Arouca
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