Vasco Seabra: “Não levamos vitórias morais, levamos convicção de que temos condições para competir em qualquer campo”

Após um jogo em que o FC Arouca não fez qualquer remate legal no primeiro tempo mas, na segunda parte, esteve bem próximo de roubar pontos ao SC Braga, Vasco Seabra, na conferência pós-jogo, reconheceu algumas falhas à equipa arouquense, abordou a ausência de Sylla, a saída de Esgaio, o futuro de Mansilla e ainda os seus protestos com a equipa de arbitragem no final da partida.

Estas foram as perguntas colocadas a Vasco Seabra no final do encontro:

Análise à partida

“Gostava de dizer que defrontámos uma excelente equipa, num campo muito difícil, muito bem treinada. Aquilo que nós fizemos aqui dá-me um orgulho muito grande. Dos 98 minutos, fizemos 93 de grande qualidade e tivemos cinco minutos em que perdemos um bocadinho o norte e isso colocou em causa podermos levar pontos daqui.

Na primeira parte, com muita qualidade em primeira e segunda fase de construção, faltou-nos mais baliza, ser mais afoitos no último terço. Mérito também do SC Braga, claro. A verdadeira situação que tivemos estava em fora de jogo, numa excelente jogada nossa, em que conseguimos realmente desconstruir o SC Braga. Tirando isso, estava-nos realmente a faltar mais baliza. Senti, até ao golo do SC Braga, que estávamos estáveis no jogo, o SC Braga com dificuldades em penetrar a nossa área, por isso sentia o jogo equilibrado e nós com condições de podermos ir crescendo para chegar à baliza do SC Braga.

Aqueles cinco minutos, que é uma coisa que não é normal em nós. É um erro, pode acontecer, mas temos de seguir e não podemos ficar agarrados à fatalidade que nos aconteceu. Infelizmente, ficamos agarrados.

Na segunda parte, penso que fomos muito afoitos, agressivos, audazes, a pressionarmos o campo inteiro, a ficarmos muitas vezes em igualdade atrás, mas a criarmos situações de golo. Penso que merecíamos ter levado, pelo menos, um ponto daqui. Não levamos vitórias morais, levamos convicção de que temos condições para competir em qualquer campo. Muito orgulhoso nos jogadores”

Ausência do Sylla da ficha de jogo e a saída, por lesão, do Tiago Esgaio

“O Sylla teve um problema na viagem, ele estava no Uganda, não conseguiu viajar a tempo e ficou indisponível para o jogo. Na próxima semana, já estará connosco normalizado.

A questão do Esgaio, ele no lance em que saltou, sentiu ali uma pontada no adutor. Não sabemos se vai ser impeditivo para o próximo jogo ou não. É uma situação que temos andado a gerir, também pela fadiga e acumulação de jogos que tem vindo a ter. Ele voltou a sentir, daí a substituição.

A entrada de Popovic, defesa-central, a ponta de lança era para as segundas bolas, o arriscar total. Arrependeu-se de tirar o Yalçin pelo Henrique Araújo?

“Não, o Yalçin acaba por sair porque tem tido menos minutos e começamos a sentir algum desgaste. Já tínhamos feito uma substituição e uma paragem na primeira parte, tínhamos de ser mais criteriosos nas substituições que teríamos para fazer na segunda parte. Naquele momento, sentíamos também o Jason um bocadinho desgastado. Acabamos por optar pelo Jason e teríamos que, naquele momento, colocar o Henrique Araújo para poder tê-lo com o Mansilla.

O Popovic teve a ver com o momento final, em que estávamos a sentir que estávamos a ter mais a bola. O Braga já com uma linha de cinco defesas, praticamente o tempo todo, e sentíamos que precisávamos de um bocadinho mais de presença (na área). Tínhamos pés abertos nas alas (Alex Pinto na direita, Weverson na esquerda) por fora, pés contrários do Mansilla e do Puche. Teríamos variabilidade para cruzar de pé aberto ou fechado, queríamos era ter mais presença na área.”

Que futuro vê no Mansilla?

“É um jogador a quem auguro um excelente futuro. Acho que é uma excelente aquisição da nossa administração. É um jogador que é irreverente, tem muita qualidade, a poder jogar na direita ou na esquerda, aberto ou por dentro. Está neste momento a adaptar-se ao contexto europeu, é muito empenhado, dedicado, cultura sul-americana, ranho no nariz, que é uma coisa que nós gostamos. Depois, é muito hábil tecnicamente, tem remate fácil, excelente cruzamento, é um jogador imprevisível. Neste momento, ainda tem algumas perdas que vão acontecendo, por esse crescimento que tem que aparecer, mas sentimos que é um jogador que tem um futuro grande e que nos vai ajudar nesta ponta final.”

Protestos no final da partida com a equipa de arbitragem

“São situações de jogo, eu acho que o árbitro fez uma excelente arbitragem, aliás, os árbitros todos, tanto os do VAR como os de campo. A única situação que eu discuti com ele é que foram dados quatro minutos (compensação da 2ª parte), a substituição estava a acontecer nesse momento.

Ou seja, o jogo só recomeçou quando já tinha passado um minuto. Por isso, sentíamos que podia ter dado mais um para compensar esse período da substituição. Mas é uma situação emocional, acabou por acontecer, nada de especial.”

Texto: Simão Duarte

Foto: FCA

sobre o autor
Simão Duarte
Discurso Direto
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