Foi eleito presidente da junta de freguesia de São Martinho de Sardoura em outubro de 2017, apesar de fazer parte da junta como presidente da assembleia e secretário desde 2009. Admite que ser Presidente de Junta exige muito mais nos dias de hoje, e que, o seu principal objetivo é conseguir contribuir para melhorar a freguesia, na medida que for possível.
Francisco Silva está em funções até 2025, estando envolvido desde cedo na política. Em 2009 integrou as listas das juntas de freguesia como membro e foi, nesse ano, eleito presidente da Assembleia e também secretário. Em 2013 decidiu candidatar-se, contudo, perdeu e voltou a fazê-lo em 2017, ano em venceu, assim como em 2021.
Inicialmente era tudo uma experiência na política e considera que só participando nas coisas é que conseguem alterar certos aspetos“ (…) não podemos mudar o mundo como já percebi, mas podemos alterar certos comportamentos”, refere o Presidente, evidenciando o facto de ser uma mais valia haver pessoas com ideias novas para poder alterar o rumo.
Para o autarca ser presidente de junta atualmente não é o mesmo que ser em 2013, principalmente pelo comportamento da população, que altera consoante a informação a que têm acesso através das redes sociais. “Todos os anos há uma evolução e não tenho dúvidas que, daqui a uns anos, um presidente de junta tem de ser a tempo inteiro ou então integrar serviços administrativos”, admite.
Considera que a campanha de 2013 foi a mais difícil, foi candidato sem estar nos seus planos, porque como fazia parte da comissão política e terminava o mandato do antigo presidente decidiu arriscar, no entanto, o facto de não trabalhar em Castelo de Paiva e não ter muito contacto com as pessoas não ajudou na campanha. Já em 2017, decidiu fazer um estudo para perceber onde errou na campanha anterior e ir ao encontro daquilo que as pessoas precisavam, conseguindo assim ser eleito nesse ano.
Trabalha para uma empresa canadiana há mais de 30 anos, como manager a nível informático, onde gere em Portugal várias equipas chegando a admitir que “conciliar os dois trabalhos não é uma tarefa fácil até porque a Junta ocupa bastante tempo, entre tratar de documentos pedidos pela população, participar em eventos, reuniões, atendimento à população”, entre outros.
Se tivesse acesso a mais recursos financeiros, faria muitas coisas pela freguesia que são necessárias, algo que daria um total de aproximadamente 2 milhões de euros para conseguir fazer exatamente tudo. “A nossa freguesia tem água ao domicílio há muitos anos e muitas das condutas ainda são desse tempo, pelo que se devia substituir a maioria delas. A nível de saneamento uma grande parte devia ser coberta porque devemos ter no total cerca de 5% de saneamento. Só nisto já requer muito dinheiro e, para além disso, há sempre pequenas pavimentações e obras que são necessárias fazer”, acrescenta o presidente.
Objetivos para o futuro
Tem o objetivo de ver “(…)a freguesia como um jardim”, com todos os problemas resolvidos, desde o saneamento, à pavimentação. Estão neste momento com alguns projetos em curso e espera vê-los prontos até 2025. A nível de turismo, pretende fazer a ligação do Cais de Sardoura ao Castelo (que considera fundamental), e em Covas, sendo que um grupo de amigos se juntou ao presidente para retirar um silvado e transformar aquele local num sítio agradável, onde as possam ir e enquadrar aquilo num caminho pedonal, que ligasse o Castelo a Boure.
Até ao momento, uma das maiores obras que fez na freguesia foi na junta, ena qual após a requalificação, alteraram o local da escola para onde iria ser anteriormente o local de atendimento da junta, “trata-se de um local mais quente e aconchegante para as crianças estarem”, justifica. Realizaram também uma obra na entrada da freguesia, onde fizeram um monumento no sentido de homenagear os ex-combatentes, assim como pequenas obras de proximidade que vão existindo. O seu executivo apoia também associações, alguns eventos que ocorrem, a natalidade na freguesia desde 2018, proporciona material escolar para as crianças da Eb1 de São Martinho, o que constitui também “uma grande despesa”, entre outros.
Relativamente à União de Freguesias, apesar de São Martinho de Sardoura não estar agregado, refere que, no passado, era de acordo com estas uniões e defendia até que deveriam existir apenas 3 freguesias no concelho. À medida que o tempo vai passando, e desde que tem a experiência de ser presidente de junta, tem estado também a par das freguesias vizinhas que se encontram agregadas e a sua opinião mudou. Atualmente, considera que um presidente de junta para estar perto das pessoas e conseguir aceder a todos os pedidos deve estar apenas numa freguesia, “(…)principalmente nestes meios rurais”.
Texto: Raquel Moura
O envio da nossa newsletter é semanal.
Garantimos que nunca enviaremos publicidade ou spam para o seu e-mail.
Pode desinscrever-se a qualquer momento através do link de desinscrição na parte inferior de cada e-mail.