Foi aprovado o plano de ação para a gestão integrada de fogos rurais no Norte

Na passada sexta-feira, dia 18 de novembro, foi aprovado em Vila Real, pela comissão regional de gestão integrada de fogos rurais do Norte presidida pela CCDR-NORTE, o plano de ação da Região Norte com horizonte de aplicação até 2030, como forma de contributo para o “Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais” nacional, que foi aprovado no Governo em 2020.

Até 2030 foram definidas algumas metas regionais como a diminuição da área ardida acumulada (até 242.340 hectares), a redução do número de ignições em 80% nos dias de risco elevado de incêndio, a gestão efetiva de 700 mil hectares de combustível, assi como o aumento em 8% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da fileira florestal, onde apoiam mais de 3000 projetos de diversificação e valorização da economia rural e da floresta.

Este plano que foi agora aprovado e que irá ser submetido à comissão nacional, é composto por 52 projetos de caráter original, 12 dos quais são classificados como projetos-chave, tendo em conta o lema de “proteger Portugal dos incêndios rurais graves”, onde está previsto um investimento total durante a próxima década de cerca de 2 milhões de euros.

António Cunha, Presidente do CCDR-NORTE afirma “Este plano é um esforço coletivo de toda a Região, das suas instituições e, muito em particular, das comunidades intermunicipais, cujo contributo é fundamental. É um marco positivo para futuro, que requer compromissos nacionais claros na sua operacionalização e na dotação de meios adequados, nomeadamente para o exercício de competências das entidades intermunicipais e das autarquias”.

A floresta representa cerca de 61% de todo o território regional no Norte e 68% da área total de baldios em Portugal. O Norte abrange também 32% da área classificada como de “existência ambiental” e em “regime florestal” de todo o país.

Foram registadas no Norte mais de 110 mil ocorrências de fogos rurais, entre 2010 e 2019, o que representa cerca de 65% do total a nível nacional. No mesmo período, o Norte foi responsável por 40% de área ardida no total nacional, com mais de 559 mil hectares.

A Comissão Regional de Gestão Integrada de Fogos Rurais do Norte integra os principais atores do Norte para o setor, entre os quais: a CCDR-NORTE, a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), os Comandos Territoriais da GNR (Geral, Porto, Braga, Viana do Castelo, Bragança, Vila Real, Aveiro, Viseu e Guarda), o Comando Nacional e Distritais da PSP (Porto, Braga, Viana do Castelo, Bragança, Vila Real, Aveiro, Viseu e Guarda), o Comando Regional do Norte da ANEPC, a Liga dos Bombeiros Portugueses, as Direções Nacional e Norte da Polícia Judiciária, a Direção Regional do ICNF, a Infraestruturas de Portugal, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, a Direção Regional Agricultura e Pescas, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, todos os organismos intermunicipais do Norte (Área Metropolitana do Porto, Alto Minho, Cávado, Ave, Alto Tâmega, Tâmega e Sousa, Douro e Terras de Trás-os-Montes), a FORESTIS-Associação Florestal de Portugal, a BALADI-Federação Nacional de Baldios, a REN-Redes Energéticas Nacionais, a E-REDES, a EDP-Energias de Portugal e a Agência Portuguesa do Ambiente.

O Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais foi aprovado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 45 -A/2020, de 16 de junho, que define um modelo de articulação regionalizado na prevenção, na autoproteção de pessoas e infraestruturas, nos mecanismos de apoio à decisão e no dispositivo de combate aos incêndios rurais e na recuperação de áreas ardidas.

Fonte: CCDR NORTE

Texto: Raquel Moura

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