Terra banhada por dois rios, que moviam moinhos e azenhas e fertilizavam com grandes cheias as terras das margens, Rossas, foi, desde tempos imemoráveis, uma terra de agricultores. Arrotear a terra pode estar na origem do seu nome e uma agricultura de subsistência, com mais ou menos fartura, ajudou a moldar um povo na sua cultura, nas suas milenares tradições.
Em pleno século XX, como aconteceu, aliás, em Arouca e em todo o país, apareceram novas técnicas, novas culturas, muitas coisas mudaram nos modos de vida. E Rossas optou, com base em experiências bem-sucedidas, pela fruticultura, os pomares de pereiras e macieiras, acrescentando às variedades tradicionais as novas variedades com grande procura nos mercados das zonas urbanas. Sobretudo a partir dos anos sessenta plantaram-se milhares de árvores, chegando-se a produzir, em anos de boas colheitas, mais de cem toneladas de fruta de excelente qualidade. Fruta que era vendida, sem problemas, a comerciantes praticamente todas as semanas a até nos mercados do Porto, incluindo o Bolhão.
Tendo em conta o passado e porque nas bermas das estradas começaram a aparecer inúmeras «feirinhas», fazia todo o sentido uma Feira Agrícola e a iniciativa partiu da Junta de Freguesia. Volta a repetir-se no próximo fim-de-semana, dias 17 e 18 de Setembro, onde vão marcar presença de novo as frutas, os legumes e as hortícolas.
E apesar do conhecido abandono de tantas produções e terrenos agrícolas, incluindo pomares, Rossas ainda tem o suficiente para justificar a 14.ª edição desta iniciativa e prosseguir o seu caminho.
Na parte recreativa actuam, no Centro Cultural, sábado à noite o artista Manuel Andrade e o rancho de Provisende na tarde de Domingo.
(C.)
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