Crónica da Vitória |Arouca respira após reviravolta ao cair do pano

Após uma primeira parte atribulada, os arouquenses sacaram a vitória no prolongamento do segundo tempo (1-2)

Este encontro, que inicialmente estava marcado para o dia 15, foi adido, ao abrigo das condições da assembleia geral, a pedido do Arouca, devido ao clube não ter 13 jogadores disponíveis em consequência de um surto de Covid-19.

Na classificação geral enquanto que o Estoril estava próximo da disputa pela Liga Europa, e com intenções de chegar ao sexto lugar, o FC Arouca encontrava-se em risco de descer de divisão, no 17º lugar. O que é certo é que quase dois meses depois, os arouquenses voltaram aos triunfos, arrancado a ferro, e deixa o lugar de despromoção do campeonato, ao vencer o Estoril Praia no estádio António Coimbra da Mota (1-2). O encontro contou para a 18ª jornada, e ambas as equipas tentavam ultrapassar momentos menos bons, do lado do Estoril a derrota contra o Guimarães e do Arouca, como já referimos, tratava-se de um acumular de resultados negativos que o haviam então colocado na margem da descida de divisão.

Confiante até demais

O Estoril Praia, ao jogar em casa, iniciou a partida com a garra que se esperava, todavia, e já decorridos 10 minutos, o Arouca, pela pessoa de Abdoulaye, já havia cometido um autogolo e limitava-se a correr atrás da bola que estava maioritariamente nos pés da equipa de Bruno Pinheiro.

O mote do jogo estava dado, seria o Arouca, apesar de discreto, o autor de todos os grandes momentos da noite, apesar de o autogolo de defesa senegalês ter dado uma confiança especial à formação canarinha. Desconfiamos é que tenha sido confiança a mais.

Muito embora nos primeiros minutos o Estoril tenha sido o comandante do jogo a verdade é que, passados pouco tempo, começou a recuar no terreno, devido à reação da formação orientada por Armando Evangelista, que não haviam ido a Cascais para ficar a ver jogar. O Arouca reagiu e produziu, mas não ao ponto de encontrar as redes adversárias. Por sua vez, os anfitriões também não chegaram a ameaçar, no primeiro período, o “templo” de Vítor Braga.

Quem espera sempre alcança

O Arouca acreditou e estava impaciente para alcançar o empate, aliás, logo nos primeiros 5 minutos, e contrariamente à inércia do primeiro tempo, Bukia teve uma grande oportunidade de igualar a partida. E isto foi só o começo.

Nos entretantos seguintes, e com um Estoril ainda a tentar perceber o que estava a acontecer, a formação de Armando Evangelista carregou a baliza de Thiago Silva, em primeiro lugar por Bukia e de seguida com Thales a acertar na trave.

O Estoril sofreu até se tranquilizar, e recompor, do quarto de hora anterior. Bruno Pinheiro numa tentativa de estabilizar a equipa procedeu a alterações no 11, Geraldes entrou para render Baró (uma das figuras do jogo), e Rui Fonte deu lugar a Clóvis. O clube de Cascais voltava assim a tomar posse do jogo, de tal forma, que Victor Braga ainda teve de aquecer bem as luvas para evitar o 2-0.

Resultado este que não viria a chegar, talvez por não ter sido muito procurado, ou por pura ineficácia, diante de um Arouca que procurou e procurou, até que por fim encontrou (o que tanto desejava) através de dois lances de bola parada.

Em primeiro lugar André Silva, aos 89`, rematou com precisão para fazer o (1-1), e cerca de oito minutos depois Eboué Kouassi, sem pedir autorização, desvia a bola para as redes canarinhas.

As aparências iludem, e o Arouca retraído do início da partida transformou-se e viu ser possível uma reviravolta. Após dois meses sem vitórias, e dos percalços dos últimos tempos, a equipa arouquense numa atitude de perseverança, deixa a zona de despromoção e regressaram à serra da Freita com a cabeça erguida.

Texto de Ana Castro

Foto Pedro Fontes arquivo

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
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