Candidatura da AD em Vale de Cambra para defender combate à interioridade e à desertificação

O cabeça de lista da Aliança Democrática por Aveiro reiterou esta sexta-feira em Vale de Cambra a importância do combate à interioridade, preconizando medidas que ajudem a fixar as pessoas. No final de uma visita ao concelho, Emídio Sousa abordou, também, as dificuldades da Santa Casa da Misericórdia local, obrigada pelo estado a pagar uma renda por um edifício onde aquela presta um serviço que competiria ao próprio estado.

“Vale de Cambra, sendo um território de interior, é fortemente industrializado, desde logo porque o setor da metalomecânica tem aqui uma fortíssima tradição. É, por isso, necessário investir para fixar as pessoas, sob pena de desertificarmos o concelho, como, aliás, acontece com o país” – afirmou Emídio Sousa, comentando o que fora ouvindo no contacto com comerciantes, junto dos quais notou as consequências do “empobrecimento dos últimos anos”, recordando que “aumento salarial não significa, muitas vezes, aumento de rendimento disponível, porque a inflação tem este efeito perverso de que as pessoas nem se apercebem”.

Para exemplificar o trabalho que diz necessário tendo em vista o combate à desertificação, o cabeça de lista da AD recordou que Vale de Cambra dispõe de uma zona industrial “que necessita de um acesso rápido, reivindicação tão antiga quanto justa, fundamental para atrair investimento e para que as empresas possam ser competitivas”. Emídio Sousa recordou que já houve conversações avançadas durante o governo de Passos Coelho e com o secretário de Estado Sérgio Monteiro para a concretização da obra, tendo havido uma negociação no sentido de a Câmara assumir parte dos custos, “a que os governos do PS não deram seguimento”.

“É curioso que o que foi ministro das infraestruturas e que é o candidato do PS por Aveiro, que reivindica a sua naturalidade no distrito, tenha ignorado, pura e simplesmente, esta reivindicação de Vale de Cambra, que é legítima. Estamos a falar de desenvolvimento económico, que é o que faz crescer uma terra” – lamentou o candidato da AD, enfatizando que “estamos a falar de conseguir emprego para uma zona mais interior do concelho, que é mais uma maneira de fixar as pessoas”.

Emídio Sousa acusou Pedro Nuno Santos, “que invoca a sua com dição de natural de Aveiro”, de ter tido “ferramentas na mão para ajudar o nosso distrito no seu crescimento e no seu desenvolvimento”, mas nada ter feito, para lembrar que a lista que lidera “tem um bom conhecimento dos problemas, pois integra autarcas, que conhecem bem o território e a forma de resolve-los”.

A jornada desta sexta-feira ficou igualmente marcada por uma visita à unidade de cuidados continuados da Santa Casa da Misericórdia, no final da qual Emídio Sousa disse-se “perplexo” com o facto de a instituição pagar renda ao estado pelo edifício onde presta serviço que compete ao estado. “Nem preciso de esperar por um novo governo para reivindicar, já, que o governo tenha vergonha e entregue estas instalações à Câmara Municipal, para que esta possa cede-las, sem qualquer renda, à Santa Casa. Aliás, é tão básico que eu não compreendo por que não se faz” – atirou o cabeça de lista.

“O desleixo da governação socialista deixa um edifício digno, e até bonito, em más condições. É preciso investir permanentemente” – defendeu Emídio Sousa, que também visitou o polo de Vale de Cambra da Cruz Vermelha, que tem em mãos um projeto na área da saúde mental, que o candidato disse ser fundamental, uma vez que a unidade local de Entre Douro e Vouga, que serve 350 mil habitantes, “não tem qualquer resposta na área da saúde mental, quando estas doenças, infelizmente, surgem com frequência cada vez maior”.

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
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