Edgar Soares referiu que “quanto a eventuais recandidaturas” à presidência “a seu tempo se verá”
A Casa do Povo de Santa Cruz de Alvarenga é uma instituição com história. Decorridos 50 anos de existência, que foram festejados no decorrer deste ano, o DD procurou saber um pouco mais sobre o desenvolvimento da instituição concelhia e esteve à conversa com Edgar Soares, o presidente da coletividade.
Criada no longínquo ano de 1973, a instituição teve como base, à data da sua criação, a dinâmica dos alvarenguenses José Narciso Teles de Figueiredo, Luís Tavares Mendes e Artur Ribeiro, individualidades que presidiram o processo da constituição e que “bem souberam mobilizar outros residentes, bem colocados na sociedade política, à época, que fizeram nascer a instituição”, tal como referiu o atual dirigente.
Nessa década de setenta, a freguesia de Alvarenga e outras localidades limítrofes viviam “não só da dinâmica dos seus agricultores, mas também, muito da impetuosidade dos seus emigrantes, no caso, mais em terras do Brasil, apostando-se forte na educação e formação dos seus filhos, ao ponto de nos finais da década, só entre a classe médica, termos tido onze médicos alvarenguenses, colocados nos serviços de saúde de Arouca”, relembrou.
Ao longo dos anos, foram várias as pessoas que já passaram por todas as valências da Casa do Povo de Alvarenga, podendo, todas elas, usufruir dos vários serviços disponíveis. Atualmente a instituição disponibiliza a ERPI (estrutura residencial para idosos), SAD (Serviço de Apoio Domiciliário), e uma CRECHE, estando ainda a dar apoio a famílias carenciadas, via Banco Alimentar Contra a Fome de Aveiro.
Edgar Soares fez questão de referenciar também que, hoje, a instituição é “o maior empregador da freguesia, com uma média que versa os 50 funcionários ao serviço, em todas as valências.”
Mas vão surgindo também alguns obstáculos que, de uma maneira ou de outra, afetam o desenvolvimento de toda a estrutura. No âmbito dessas dificuldades, o presidente aponta para os insuficientes apoios que vão recebendo da Tutela e de outros obrigacionistas, “até das autarquias, mais nas dificuldades inerentes à carga burocrática, que vai presidindo aos processos que emergem das múltiplas candidaturas” a que se propõem, e nos “relativos à interpretação da legislação que é muita” para o quotidiano com alguns momentos de “completa frustração, pela sua complexidade”. Nestes termos o presidente salienta que seria do mais elementar bom senso, que os “serviços técnicos”, assim como os “juristas da Câmara Municipal” pudessem dar um outro tipo de colaboração, criando-se mesmo um “eventual gabinete de apoio às IPSS”, finalizou.
Quando questionado acerca dos momentos mais emblemáticos da história da instituição, Edgar Soares não hesitou em referenciar as atividades que desenvolveu como coordenador e sócio cultural da Casa do Povo, dando vida institucional e participativa ao Rancho Folclórico em 1976, e à filiação do Grupo Desportivo de Santa Cruz de Alvarenga, na Associação de Futebol de Aveiro, já em 1978. Não esqueceu ainda, as inaugurações das primeiras instalações, o edifício sede, em 1992, e as instalações do edifício que alberga as atuais valências, em 2011.
A Casa do Povo de Alvarenga entrará brevemente num período pré-eleitoral, com eleições para os órgãos sociais, já no próximo mês de dezembro, e, apesar de não saber ainda se voltará a candidatar-se, Edgar Soares opta por concentrar-se nos objetivos ainda a conquistar, ou nos já conquistados, referindo todas aquelas pessoas que “sempre estiveram” consigo, nestas e nas outras “andanças”, que estarão sempre consubstanciados na fé e na esperança que deposita para o futuro. Esses objetivos passarão, pela concretização dos “projetos já em carteira, como a Unidade de Cuidados Continuados e o Ginásio Fisiátrico; os grandes empreendimentos”, concluiu.
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