Foi ontem lançada a primeira pedra para a construção de uma Estrutura Residencial
para Pessoas Idosas que acolherá 40 pessoas. Investimento a superar os 2,4 milhões

O Centro Social (CS) e Cultural de Fermedo/Escariz e Mato lançou, ontem, a “primeira
pedra” para a construção da sua ERPI – Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, que,
a edificar em terreno há muito pertença da instituição, com um investimento a superar
ligeiramente os 2,4 milhões de euros, será dotada de 40 camas.
A obra está a cargo da empresa “Conway, Lda.”, da Guarda, com um prazo de
execução de 24 meses.
Fernanda Oliveira, a presidente da direção do CS, refirmou o objetivo que norteia o
trabalho da equipa que lidera: «proteger aqueles que, no início ou no ocaso da vida,
estão mais indefesos», apontando as crianças e os idosos como os destinatários desta
«intervenção pública e serviço à comunidade».
A dirigente acentuou que os 10 anos de labor social no ocidente arouquense
ancoraram-se no empenho de «um conjunto alargado de pessoas», que a
acompanham nos órgãos sociais e que definiu como «o cimento» que une a
instituição.
«Espaço de afetos e de construção de memórias e de laços», salientou a presidente da
Câmara, o Centro Social de Fermedo/Escariz e Mato «tem feito a diferença na vida das
pessoas vulneráveis» daquela zona do concelho.
Margarida Belém, que também lhe destacou a contribuição para a economia local e
para a fixação de residentes, saudou na ERPI que vai nascer «o maior investimento»
deste tipo no distrito.
A autarca saudou o elenco diretivo, com nota de que Fernanda Oliveira e a sua equipa
«nunca desistiram» de atingir os seus objetivos, mesmo quando confrontados com
«dificuldades» de monta. «Lutaram com garra», testemunhou, garantindo que a
câmara municipal se manterá ao lado deste projeto de intervenção social.
Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão, também relevou a capacidade de
perseverar da IPSS arouquense, com nota de que o Governo o soube reconhecer em
termos de apoio financeiro, assinalando que a comparticipação pública para esta
edificação é de 1,25 milhões de euros.
Deixou expresso o desejo de que a nova valência possa abrir portas a 1 de outubro de
2025, quando se completarão 12 anos do início do funcionamento do Centro de Dia.
Sobre a política social no País, explicou que, do período negro da Covid, saiu a
determinação governamental de multiplicar instrumentos em favor dos mais frágeis da
nossa sociedade.

Enfatizou que os 110 milhões previstos para a terceira edição do PARES (Programa de
Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais), se transformaram, em contexto de
Orçamento de Estado, em «mais de 230 milhões» para apoiar 200 projetos sociais. E –
disse – o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) veio reforçar esse “bolo”.
O CS de Fermedo/Escariz e Mato conta, atualmente, com um Centro de Dia, com 29
utentes, com uma Creche que acolhe 66 crianças e com um Serviço de Apoio
Domiciliário (SAD), que apoia 40 pessoas.

“Clareza” no projeto
O arquiteto arouquense Samuel Gonçalves, autor do projeto da ERPI, explicou o
“desenho” da futura valência da CS, descrevendo um edifício a implantar em dois mil
metros quadrados, que acomodará as quatro dezenas de utentes em 22 quartos.
Disse que das conversas mantidas com a direção resultou «clareza», expressa na
conceção de um edifício de um só piso, pensado para ter uma «funcionalidade» amiga
dos moradores que, por exemplo, poderão ter dificuldades de locomoção.
Além dos quartos, que, situados no rés do chão, terão «ligação direta a um jardim», do
refeitório e da sala de convívio, a ERPI terá também uma sala de oração e uma sala
para reuniões familiares.