Falha do VAR, 17 minutos de compensação e muita polémica marcam o jogo
Nos cafés e nas redes sociais, muitos foram os que, no seu prognóstico ao jogo de ontem, apontavam como certa a derrota do Arouca. A verdade é que ninguém conseguiria prever tudo o que aconteceu no jogo.
O início fica marcado pela alteração tática do Arouca. Para este jogo, Daniel Ramos optou por jogar em 3-4-3, ofensivamente, e numa 5-3-2/5-4-1 defensivamente. Como seria de esperar, o Porto foi impondo o seu poderio, somando oportunidades. O primeiro lance perigoso dos dragões surge logo aos 11: Taremi marca, mas o golo é anulado por fora de jogo. Já o primeiro lance de perigo arouquense surge após a meia hora de jogo: Jason mete de trivela em Cristo que, em lance individual, passa por João Mário e remata junto ao poste, para defesa apertada de Diogo Costa. Até ao intervelo, é a equipa da casa que soma as melhores oportunidades, por Toni Martinez. Foi uma primeira parte pautada pelo equilíbrio entre ambas as formações com a mudança tática do Arouca a surtir efeitos, fazendo surgir bastantes oportunidades de ataque em igualdade ou superioridade numérica.
O melhor ainda estava por vir. Com trocas ao intervalo, os portistas vão procurando criar oportunidades, contudo a segunda parte inicia-se de forma muito suave, com ambas as equipas a revelarem dificuldades em impor a mesma intensidade da primeira parte. As balizas também iam tendo pouca bola. Aos 54, Taremi, na pequena área, tanto tentou encostar a bola que a manda para fora. O Arouca tentou responder por Esgaio aos 58, que na sequência de um livre, cabeceia para fora. Um minuto depois, Arruabarrena protagoniza uma defesa sensacional, evitando o golo do Porto com a palma da mão. A partir daí, o Porto vai lançando jogadores de ataque, apresentando-se mais intenso, forçando o Arouca a jogar num bloco mais baixo. O desbloqueio do encontro surge aos 84 minutos, por Cristo, que num lance individual com engenho e sorte à mistura, inaugura o marcador.
Depois disto, houve de tudo. Três quedas do Porto na área do Arouca foram ao VAR, apenas uma delas se traduziu em penalty, defendido por Arruabarrena. Já depois dos minutos dados de compensação, Evanilson carimba o empate a 1. Um jogo que ficará marcado pelos casos, mas do qual deveria ficar na retina o jogo bem disputado por ambas as equipas.
Suplentes Arouca:
Thiago (GR), M.Rocha (DF), Kouassi, O.Busquets, P.Santos, Moses (MD), M.Puche, Trezza, Bukia (AT)
Ficaram de fora: Vitinho, B.Michel, Quaresma, P.Moreira, Opoku e Weverson.
Suplentes Porto:
Cláudio.R(GR), D.Carmo (DF), A.Franco, A.Varela, I.Jaime (MD), Evanilson, F.Navarro, D.Namaso. G.Borges (AT)
Substituições Arouca:
72 – Sai D.Simão, entra Kouassi; Sai Mujica, entra Puche
81 – Sai Jason, entra Trezza
90+10 – Sai Cristo, entra M.Rocha; Sai Esgaio, entra Moses
Substituições Porto:
46 – Sai Eustáquio, entra A.Varela; Sai T.Martinez, entra Evanilson
68 – Sai J.Mário, entra G.Borges
82 – Sai Wendell, entra F.Navarro
85 – Sai Nico.G, entra I.Jaime
Arbitragem:
Miguel Nogueira, Rui Cidade, Nuno Pires e José Bessa. No VAR, Rui Oliveira e Pedro Ribeiro
Disciplina Arouca: Cartão amarelo a Arruabarrena (62), F. Montero (85) e ao treinador Daniel Ramos (90+18) –Cartão vermelho a Joel Pinho no fim do jogo.
Disciplina Porto:
Cartão amarelo a F. Cardoso (26), Evanilson (57), A.Varela (58)
Cartão vermelho a Luís Gonçalves no fim do jogo.
Flash-interview SPORTV (Para as declarações, escolhemos estas, pois Vítor Bruno não compareceu à sala de imprensa):
Daniel Ramos (Arouca) – “Tentámos contrariar o poderio do FC Porto com as nossas armas e com uma prestação perto de heroica, isso ninguém nos tira. Tenho mais de 20 anos de treinador e nunca tinha jogado tanto tempo de compensação.”
Vítor Bruno (Porto) – “Alguma coisa estará a falhar senão não teríamos a abordagem da primeira parte. Hoje o jogo sem bola, quando a equipa tinha bola, foi curto. Jogámos muito de costas. Não desarrumámos a defesa do Arouca.”
Simão Duarte
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