Professor Joaquim Quintas

Por: Gonçalo Rocha | Gestor e Ex-autarca

O artigo desta edição é dedicado à evocação da memória de um ilustre cidadão Paivense, Professor e Autarca, – exerceu funções de Vereador e Presidente de Câmara: o saudoso Professor e amigo Joaquim Francisco de Castro da Rocha Quintas, mais conhecido pelo “Professor Quintas”.

Por curiosidade, além de possuir uma calorosa e acérrima alma Paivense, também tinha uma estima e uma elevada consideração por Arouca, terra onde tinha fortes “raízes familiares maternas”, concretamente na freguesia de Moldes.

Partilho convosco o perfil deste homem verdadeiramente bom, que marcou Castelo de Paiva e os muitos amigos que possuía. Este ano, se estivesse cá, completaria 60 anos de idade.

Esta semana, recordei-o, com saudade, ao ver as bonitas marchas infantis do São João, uma iniciativa que se empenhou forte e entusiasticamente em dar o primeiro impulso naquela festividade.

O Professor Quintas nasceu na sua querida freguesia de Real, em 1 de março de 1963, e, infelizmente, faleceu muito prematura e inesperadamente em 23 de junho de 2002, com apenas 39 nove anos de idade. Uma vida muita curta, intensa, integra, genuína, autêntica e com marcas muito profundas de nobreza do seu carácter, simplicidade e preocupação incessante de ajudar o próximo, principalmente os mais desfavorecidos.

Teve uma atividade política e partidária (Partido Socialista) intensa, que envolveu, desde cedo, consideráveis responsabilidades. Homem de fortes convicções, convicções estas, que não constituíram entrave para a sua personalidade e qualidades pessoais deixassem de ser reconhecidas, permitindo-lhe inclusive granjear o respeito e a amizade de figuras de todos os quadrantes políticos.

Na verdade, Joaquim Quintas ilustrava dele mesmo aquilo que, de outros julgava poder concluir-se que as qualidades e a riqueza humana podem ultrapassar as grandes diferenças. De entre os vários projetos sempre em mente, destacava-se de entre inúmeras prioridades e sonhos, antes do seu desaparecimento em 2002 e no âmbito da sua última campanha eleitoral de 2001, a construção de uma infraestrutura exclusivamente para o apoio aos deficientes, denominado de Centro de Apoio e de Educação para pessoas portadoras de deficiência. Felizmente, a concretização deste sonho acabou posteriormente por ser finalizado no nosso Concelho.

Joaquim Quintas prestou um notável contributo na linha daquilo que foi toda a sua vida e a sua luta, enquanto homem, político e amigo, numa busca permanente de respostas para atender e transformar o Concelho e de caminhos possíveis para a justiça e a felicidade das pessoas. Joaquim Quintas serviu, fê-lo sempre com a qualidade e inteireza de carácter, dedicação generosa, eficiência discreta e a extraordinária capacidade de trabalho e de relacionamento com quem o rodeava. Soube, exemplarmente, enfrentar e concertar múltiplos e simultâneos desafios, que foi aceitando ao longo da sua existência na política e na vida.

Tive o privilégio de o ter como companheiro político e mais tarde pude conviver com ele como Amigo.

Em todos os casos, o vi estimado e respeitado pelos colegas e pelos amigos. Sério e rigoroso, imensamente trabalhador, sólido conhecedor das matérias, sempre cortês, afável e tolerante, sempre pronto a uma ajuda ou a uma palavra de amizade ou de estímulo. Sempre aberto a conselhos ou sugestões que de resto amiúde procurava com uma humildade alta de homem e de professor. De facto, a morte prematura impediu Joaquim Quintas de ver os frutos da enorme obra que construíra no concelho.

Ficou uma grande e importante referência para todos nós. Era um amigo genuinamente bom!

sobre o autor
Ana Isabel Castro
Discurso Direto
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