O Empresas e Empresários desta semana dá-lhe a conhecer um pouco melhor o Minimercado Pompeu, empresa arouquense de comércio a retalho, que atravessou gerações até atualidade, e que se dedica também à distribuição. O DD esteve nas suas instalações em Santo António – Santa Eulália, Arouca, onde falou com o já aposentado proprietário Reinaldo Rocha – “Pompeu”, e com o atual gerente e gestor do negócio Diogo Brito, que nos fizeram uma contextualização histórica deste icónico Minimercado de Arouca, referindo também quais os objetivos para o futuro.

“O Minimercado Pompeu foi criado em 1945, ou seja, foi nesse ano que a loja foi montada, no tempo em que o minério estava a acabar”, referiu Reinaldo “Pompeu”, filho dos fundadores que acrescentou terem sido o seu pai e a sua mãe que naquela altura iniciaram este negócio, no contexto de uma antiga Mercearia. Mais explicou que desde pequeno ali trabalhou com o pai, na altura “não era aqui, mas sim na casa ali de cima”., O negócio foi crescendo em contexto familiar, na medida em que juntou a esposa, Adélia Teixeira e, em 1999, construíram o edifício que alberga as instalações atuais, onde a partir de então até hoje funciona como Minimercado.

“Desde pequenino trabalhei neste negócio, na escola já aqui trabalhava, o meu pai colocava um caixote no chão para eu chegar à balança”, recordou, lembrando ainda que o comércio tradicional era ainda “com balcão”, e as medições “do arroz”, e outros produtos do tipo, eram feitas com o “cartucho”.  Expôs também que na altura da sua adolescência “não tinham empregados”, sendo que dividia o trabalho entre si e os seus irmãos. Só mais tarde é que tiveram um funcionário, José Azevedo que tem atualmente “45 anos de casa”. Além de José Azevedo o Minimercado Pompeu emprega, atualmente, mais 6 funcionárias “Silvia Reis, Amélia Clara, Inês Brito, Paula Soares, Isabel Pereira e Alina Mulyavka”, e, ainda, o gestor Diogo Brito.

O dirigente aproveitou para referir que o negócio já “vai na terceira geração” no que toca à sua liderança, e que já “sobreviveu” a “tudo”, uma vez que é um “dos poucos” que se mantém no ativo. “Existiam uma série de mercearias espalhadas pelas freguesias e a maior parte já fechou”.

Quando questionado sobre possíveis crises com que se depararam, a maior que Reinaldo “Pompeu” assistiu foi a do ano passado, particularmente, no que respeita “à subida de preços”, clarificando que esta se fez sentir a “todos os níveis”. Todavia foi nos “produtos de primeira necessidade que as pessoas sentiram mais”. “Nós aqui temos preços muito razoáveis, principalmente a “nível de miudezas (sabonetes, pastas de dentes etc)”, nesses produtos aqui em Arouca “somos líderes”. Deu também o exemplo dos detergentes que assegura serem “mais baratos” no Pompeu do que “em qualquer outro lado”, confessando que as superfícies nunca foram uma “ameaça”.

Relativamente à pandemia referiu “resistimos bem”, pois “mostramos abertura para ajudar todos os que nos procuraram e apostamos muito na aceitação de listas de compras, com entregas numa das portas laterais do Minimercado ou mesmo no domicílio”.

Relativamente à origem da maioria dos clientes RP inteirou que “no início” estes eram mais de Santa Eulália, mas que atualmente já têm “clientes de todo o lado do concelho”. “Os habitantes da aldeia de Folgosinho (Tropeço, Arouca) vêm todos aqui às compras”, afirmou.

Concluiu substanciando que no Pompeu são “uma família entre funcionários e clientes pois já existe esse sentimento de confiança”, desvendando que muitos clientes “já ligam diretamente para o estabelecimento” para falar com um “funcionário específico”, com a finalidade “deste lhe arranjar um produto”. Mais adiantou que a sua “casa” ainda é muito “personalizada”, e que a sua “relação com os funcionários é muito boa”.

Acrescentou, ainda, que o negócio não se resume apenas ao Minimercado, sendo que também vende “todas as marcas de gás”, e continuam com a entrega de “listas de compras ao domicílio ou local de trabalho”.

O DD também teve a oportunidade de recolher o testemunho de Diogo Brito atual gestor do Minimercado Pompeu, que encarou este desafio profissional “com uma grande entrega”. Quando questionado sobre os maiores obstáculos que enfrentam na atualidade assegura que é mesmo a “falta de estacionamento” e “de mão de obra”, concordando que as grandes superfícies nunca foram uma ameaça pois “este é um negócio de proximidade”, que tem “estabilidade no preço de venda”. Diogo Brito refere que pretendem “continuar a servir bem as famílias que nos acompanham já há várias gerações e estamos abertos a dar a conhecer o nosso negócio a todos que assim o desejem”. Uma das principais alterações introduzidas por ele foi a “criação de um conjunto de parcerias” com diversas empresas, tais como as do ramo da “restauração” ou do “alojamento”, sendo que um dos fatores que procuram ter sempre presente é possuir uma “grande diversidade de produtos” de “elevada qualidade”. A criação do logotipo, e consequente incremento da visibilidade no exterior do Minimercado e no mundo digital, também foi uma das alterações introduzidas. Adicionalmente, Diogo Brito reiterou que pretendem “continuar a robustecer a sua presença no mercado”, e que começou a assumir as atuais funções neste negócio “no início da pandemia”.

O Minimercado Pompeu está a aberto de segunda a sábado das 08h00 às 20h00, e ao domingo das 09h30 ao 12h30, sem interrupções para almoço. Para mais informações pode contactar 256 944 143/912 884 245; minimercadopompeu@gmail.com ; ou consultar a sua página de facebook- https://www.facebook.com/minimercadopompeu  ou instagram-https://www.instagram.com/minimercado_pompeu/  .

Fotos: Carlos Pinho