Um ano findo e um novo ciclo a começar…
É altura de se fazer o balanço de 2022, de nos alegrarmos pelas metas alcançadas, por termos conseguido viver e ultrapassar as dificuldades e de reconhecer o que podíamos e devíamos ter feito melhor. É altura também de transitar para este novo ano sonhos e projetos, renovando a esperança que nos conduz a um olhar positivo sobre o futuro. É incrível como o Homem sente necessidade de planear e prever a sua existência para além do momento presente… diria que essa necessidade e capacidade é o que nos torna humanos e nos aproxima da metafísica, da contemplação, da busca do desconhecido, numa ânsia de apropriação e de descoberta do mundo e do porquê das coisas…
Ora, porque já divaguei mais do que devia e porque suspeito que o leitor começa a questionar a pertinência do título, vamos lá, então, ao balanço de 2022
Numa sintética reflexão sobre 2022, diria que em Arouca ficaram adiados alguns projetos, por conta da pandemia, da estratégia política e do investimento económico. Falo do Hotel no Mosteiro de Arouca que estava previsto abrir…Impossível também não mencionar o Arquivo Municipal, a Quinta-Museu da Raça Arouquesa e o Auditório Municipal que continuam na gaveta. Em igual sorte, está a II fase do Centro Cultural de Alvarenga, previsto para 2023, assim espero…
Em contrapartida, resultado de pressão conjunta de vários municípios, encimados por Arouca, finalmente foi construída o troço da variante para acesso à A32, desde a Abelheira. Foi também inaugurada a I fase da Ecovia do Arda, estando os trabalhos junto da Pedra Má em fase de conclusão. Importantes ramais e aumentos da rede de água e de esgotos foram feitos, bem como passos dados no setor da Habitação em Arouca, com os projetos camarários em Escariz.
Do ponto de vista cultural, Arouca retomou em grande a Feira das Colheitas, com excelentes concertos em cartaz que me merecem destaque. Do ponto de vista económico, no ano transato, as famílias começaram a fazer mais contas à vida devido ao aumento do custo dos combustíveis e da inflação, sem falar com os custos com a habitação que em Arouca atinge valores exorbitantes para uma vila raiana, entre o litoral e o interior… O turismo, esse, parece-me ter sido sustentável, fruto dos passadiços e da ponte pedonal, e a traduzir-se em dividendos para o alojamento local que em Arouca prolifera como cogumelos… Do ponto de vista social, continuamos sem resposta às famílias mais carenciadas, aos idosos que moram sozinhos, continuamos com um enorme défice nos cuidados básicos de saúde, continuamos com uma rede de transportes que é quase inexistente em algumas freguesias e apenas dirigida a um setor da população: aos estudantes…
Este foi o ano da gestão. Não foi um ano de grandes conquistas, de grandes sonhos, de grandes orçamentos nem de euforias. Foi um ano de vamos indo e vamos vendo. Fomos vivendo, moderadamente, sem grandes planos, na incerteza do que está por vir…
Vamos ver o que 2023 nos traz, sendo que é sabido que está para vir mais inflação, que a guerra continua, que a pandemia não acabou e que a esperança e a resistência das pessoas cedem à insegurança e à instabilidade face ao desconhecido.
Façamos todos com que este ano de 2023 seja mais positivo e sejamos suficientemente corajosos para mudar e melhorar o que tem de ser mudado e melhorado!
Bom Ano Novo!
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